Ação da PF contra PMs, CACs e empresários suspeitos de desviar armas para facções tem 18 presos e um baleado

Investigação aponta que armamento ilegal é usado para roubos a banco em ações do 'novo cangaço', como são chamadas essas quadrilhas especializadas.

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Nesta terça-feira (21), uma força-tarefa liderada pela Polícia Federal da Bahia deflagrou a Operação Fogo Amigo, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa composta por policiais militares da Bahia e de Pernambuco, CACs (colecionadores de armas, atiradores e caçadores) e comerciantes de armas e munição.

Esquema Multimilionário

As investigações revelaram um esquema multimilionário de venda ilegal de armas e munições para facções criminosas nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Até o momento, 18 pessoas foram presas e houve um confronto em que uma pessoa foi baleada durante a operação.

Desvio de Armas Apreendidas

De acordo com as apurações, os policiais envolvidos no esquema apreendiam armas irregulares e, em vez de encaminhá-las à delegacia, desviavam-nas para o mercado ilegal. Esses armamentos têm sido frequentemente utilizados em assaltos a carros-fortes e agências bancárias por quadrilhas especializadas no chamado “novo cangaço”.

Essas ações costumam mobilizar um grande número de criminosos para bloquear ruas e rodovias, dificultando a reação das forças de segurança, especialmente em cidades do interior.

Ação da PF contra PMs, CACs e empresários suspeitos de desviar armas para facções tem 18 presos e um baleado
Foto: Divulgação/PF
Consequências Legais

Os investigados enfrentarão acusações por organização criminosacomercialização ilegal de armas e muniçõeslavagem de dinheiro e falsidade ideológica. As penas somadas podem chegar a 35 anos de reclusão.

A pessoa baleada durante a operação desta terça-feira foi identificada como Diego do Carmo dos Santos. As investigações indicam que Diego fez 16 encomendas aos suspeitos, sendo a primeira delas em 14 de fevereiro de 2022 e a última em 6 de junho de 2023 .