Polícia indicia suspeito de criar perfil anônimo e divulgar cenas de estupro em rede social

Caso aconteceu em Nova Olinda, no norte do Tocantins. Homem ainda é investigado por difamar e caluniar moradores da cidade.

A Polícia Civil concluiu, nesta sexta-feira (28), as investigações sobre a criação e administração de um perfil anônimo no Instagram, chamado @memenovaolinda, que vinha sendo usado para cometer uma série de crimes contra moradores de Nova Olinda, no norte do Tocantins. O inquérito apurou que o perfil era responsável por difamação, calúnia e até a divulgação de cenas de estupro, nudez e sexo sem consentimento.

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De acordo com a polícia civil, desde janeiro de 2024, quando o perfil foi criado, moradores da cidade, que tem cerca de 11 mil habitantes, compareciam semanalmente à delegacia para registrar ocorrência contra o administrador da página.

“O perfil causou grandes transtornos na vida das pessoas, com potencial para desencadear conflitos graves, como tentativas de homicídio, divórcios, mudanças de endereço e até suicídios”, destacou o delegado Fellipe Crivelaro, responsável pelo caso.

Um dos casos que mais chamou a atenção dos investigadores, foi a divulgação de uma cena de estupro envolvendo uma moradora da cidade. Ainda de acordo com a polícia, o investigado pelo crime sexual foi preso e também indiciado por divulgar a cena do abuso.

Com base nesse e em outros casos, o delegado solicitou, em dezembro de 2024, a exclusão judicial do perfil @memenovaolinda. Em fevereiro de 2025, o responsável pelo perfil foi identificado.

O delegado explicou que a exposição da imagem e do nome do indiciado é permitida quando necessária para a administração da Justiça. “A divulgação é essencial para que as vítimas possam exercer seus direitos legais, como buscar indenizações civis ou até mesmo responsabilizar penalmente o autor por meio de queixa-crime”, afirmou Crivelaro.

A Polícia Civil pede que outras vítimas de crimes praticados pelo perfil compareçam à delegacia para formalizar boletins de ocorrência, caso ainda não tenham feito. O inquérito foi finalizado e será encaminhado ao Ministério Público.