Vídeo: Delegada xinga e agride entregador ao exigir delivery na porta de apartamento no PA

Após trabalhador entrar em contato e pedir para delegada descer, ao chegar, ela fez xingamentos e ameaçou dar voz de prisão: 'Seu vagabundo, me dá a p**** da comida'.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a delegada da Polícia Civil Kari Grazielle Klat agredindo e insultando um entregador durante a entrega de um pedido em um condomínio no bairro Parque Verde, em Belém. A Corregedoria da Polícia Civil abriu um procedimento administrativo para apurar o caso.

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No registro, a delegada é ouvida dizendo: “Bora, seu vagabundo, me dá a p*** da comida. Eu paguei.”* A discussão teria começado porque o entregador não levou o pedido até a porta do apartamento. Ele afirmou que estava na portaria tentando contato com a delegada quando ela chegou de forma agressiva, exigindo a entrega no local.

Assista o vídeo:

Indignada, a delegada alegou que o pedido deveria ter sido entregue em sua residência. Durante a discussão, o entregador relatou que ela tentou derrubá-lo da bicicleta. No Brasil, os aplicativos de delivery não obrigam que os entregadores subam até a porta dos clientes.

As imagens mostram a delegada chamando o entregador de “vagabundo” e tentando tomar seu celular enquanto ele registrava a agressão. Ela também teria ameaçado dar voz de prisão ao trabalhador. De acordo com a vítima, a policial se recusou a fornecer o código necessário para a entrega.

O caso repercutiu nas redes sociais, gerando críticas à conduta da delegada. No mesmo dia da ocorrência (quarta-feira, 16), entregadores se reuniram em protesto em frente ao condomínio, exigindo respeito à categoria.

Em nota, a Associação dos Delegados do Pará (ADEPOL) apresentou a alegação da delegada, que afirmou estar com um ferimento no pé e, por isso, solicitou a entrega em seu apartamento. Ela acusou o entregador de tê-la chamado de “folgada” e disse que ele não pediu o código de entrega, além de tentar levar o pedido embora. A delegada também declarou que as imagens divulgadas não mostram o contexto completo e que, durante o protesto dos entregadores, sentiu-se ameaçada, precisando se abrigar na casa de uma vizinha devido ao “estado emocional instável”.

O caso continua sob investigação.