Vereador, filho do presidente da AL, é ouvido em investigação sobre funcionários fantasmas

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A Polícia Civil recebeu, nessa quarta-feira (12), o vereador de Porto Nacional Tony Márcio Andrade (PSD) para prestar depoimento. O parlamentar é citado por um investigado durante a segunda fase da operação Espectro II, que investiga a existência de funcionários fantasmas no poder público tocantinese.

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O vereador, que é filho do presidente da Assembleia Legislativa, Antônio Andrade, foi recebido na Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), em Palmas, mas ficou em silêncio durante todo o interrogatório.

A Polícia Civil informou que duas pessoas foram ouvidas e o inquérito deve ser concluído nesta semana. Essa fase da Epectro II, que é um desmembramento da operação Catarse, investiga a existência de servidores fantasmas em gabinetes de deputados na Assembleia Legislativa do Tocantins.

Tony, foi citado por um investigado. Na época, o servidor do gabinete do pai dele disse que estava devolvendo 80% do salário que recebia para o vereador.

O gabinete do Antônio Andrade é um dos investigados por abrigar funcionários fantasmas. Porém, os deputados não são investigados neste momento.

Tony Andrade saiu do depoimento sem falar com a imprensa. O advogado dele falou que não vai se manifestar neste momento.

Espectro

Na segunda fase da operação Espectro II, são investigados 11 servidores que estariam recebendo sem trabalhar. Eles estariam ligados aos gabinetes dos deputados Toinho Andrade (PHS) e Amélio Cayres (SD). Um dos investigados seria ligado a presidência da casa de leis no período em que Osires Damaso (PSC) foi presidente.

Para a polícia, estes servidores não tinham condições de serem assessores parlamentares porque tinham vínculos empregatícios em outros locais, como na Câmara de Vereadores de Porto Nacional e empresas privadas. Alguns trabalhavam como caminhoneiros, professores e até frentista em posto de combustível.

Os mandados foram cumpridos por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma). Conforme o delegado Guilherme Rocha, os deputados não são investigados neste momento.

“Conforme a coleta de provas e o aprofundamento das investigações verificaremos se terceiros se beneficiaram com esse esquema. Certamente há possibilidade, conforme a coleta de provas, de chegar a pessoas próximas ou até aos deputados.”

Foto: TV Anhanguera

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