O vazio sanitário da soja começa neste sábado, 1º de julho, e segue até 30 de setembro em todo o Estado. Durante esse período, fica proibido o plantio da oleaginosa em lavouras de sequeiro no Tocantins. A medida é essencial para prevenir e controlar a ferrugem asiática, a principal praga que atinge a cultura da soja.
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O gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo de Oliveira, explica que todas as plantas de soja voluntárias devem ser eliminadas por meio de controle químico ou mecânico, sendo essa responsabilidade do proprietário ou ocupante da área.
“Para garantir o controle da ferrugem asiática, a Agência está monitorando todas as áreas produtoras de soja. Nesta safra, conseguimos cadastrar 1.261 propriedades, totalizando 795 mil hectares”, afirmou Marley.
Conforme a legislação, produtores notificados pela Adapec por manter plantações de soja ou não eliminarem as plantas voluntárias estarão sujeitos a sanções previstas em lei. Durante o vazio sanitário, o cultivo da soja é permitido apenas nas várzeas tropicais, abrangendo os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Formoso do Araguaia e Guaraí.
Nessas regiões, a Adapec autoriza o plantio exclusivamente para pesquisa científica e produção de sementes, sob rigoroso controle e monitoramento dos inspetores da Agência. “Nesta safra, implementamos uma nova ferramenta: o Mapa Epidemiológico de Grandes Culturas. Ele permite um monitoramento mais preciso da ferrugem asiática da soja, da Helicoverpa sp e do Caruru Gigante, proporcionando dados mais detalhados e qualificados”, explicou Cleovan Barbosa, responsável técnico do Programa de Grandes Culturas.
O presidente da Adapec, Humberto Camelo, reforçou a importância da medida: “O controle da ferrugem asiática é essencial para mantermos nossa posição entre os maiores produtores de soja do país. Esse período sem a presença de plantas vivas no campo é fundamental para evitar a propagação da praga.”
Ferrugem asiática
Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem asiática é a principal praga da soja, disseminando-se rapidamente entre as plantações pelo vento. Seu maior impacto é a redução da produtividade, pois provoca desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos. O vazio sanitário é uma estratégia essencial para prevenir a doença e minimizar os prejuízos à produção.
