Três pessoas foram presas, na manhã desta sexta-feira (18), suspeito de integrarem uma quadrilha especializada em furto e revenda de veículos e foram acusados de envolvimento em um furto qualificado em Augustinópolis, no norte do estado. Os suspeitos foram identificados apenas pelas iniciais .A.A.S.L.J., de 21 anos, M.G.S.O., de 19 anos, e M.A.F.S., de 21 anos.
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Segundo a Polícia Civil, as prisões ocorreram em cumprimento de mandados de prisão emitidos pela Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis. A operação contou com o apoio logístico do Núcleo de Apoio à Investigação Regional do Lago de Tucuruí e execução pela 20ª Delegacia Seccional Urbana de Parauapebas (PA).
Segundo o delegado Jacson Wutke, o crime aconteceu em 7 de agosto, quando um Volkswagen Gol, prata, ano 2014, foi furtado no centro de Augustinópolis. Após o roubo, os suspeitos fugiram para Parauapebas, onde foram localizados e presos.
Modus Operandi da Quadrilha
Conforme as investigações, o esquema consistia em vender veículos furtados na internet por preços abaixo do mercado, devido a irregularidades que impediam a transferência junto ao Detran. Posteriormente, os criminosos localizavam o veículo vendido, usavam uma chave reserva e o furtavam novamente. O carro era então colocado à venda outra vez, perpetuando o ciclo.
As investigações, lideradas pelo Núcleo de Inteligência Policial confirmaram que a quadrilha, originária do Pará, chegou ao Tocantins na madrugada do dia 7 de agosto e se hospedou em um hotel em Augustinópolis. O alvo era um veículo que haviam vendido dias antes.
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Após monitoramento, os criminosos esperaram a oportunidade e furtaram o carro estacionado em uma oficina, onde passava por reparos no som, aproveitando o horário de almoço para agir. Em seguida, levaram o veículo para o Maranhão e, posteriormente, ao Pará, onde novamente o ofertaram para venda online.
Possível Pena Superior a 10 Anos
Com base nas provas coletadas, os suspeitos foram indiciados por furto qualificado e associação criminosa, crimes previstos nos artigos 155 e 288 do Código Penal. Se condenados, podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 10 anos de prisão.
Os mandados de prisão preventiva, assinados pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, já foram cumpridos, e os acusados aguardam transferência para o Tocantins na Cadeia Pública de Parauapebas.
“Esse é mais um golpe contra o crime organizado, que prejudicava tanto os donos originais dos veículos furtados quanto os compradores que acreditavam estar realizando uma transação legítima”, concluiu o delegado.