Tribunal suspende processo de cassação contra prefeito de Lagoa da Confusão

Sessão marcada na Câmara Municipal para julgar impeachment de Nelson Alves Moreira (PRB) prefeito de Lagoa da Confusão também foi anulada.

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O Tribunal de Justiça do Tocantins decidiu suspender o  processo de cassação do prefeito de Lagoa da Confusão, Nelson Alves Moreira (PRB). A decisão foi proferida nesta terça-feira (22), nas vésperas da sessão marcada pelos vereadores da cidade para julgar a cassarão do gestor. A votação também foi suspensa.

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Nelson Alves Moreira começou a ser investigado em outubro do ano passado, após denúncias de pagamentos feitos para um escritório de advocacia em 2017 sem licitação.

 De acordo com a decisão, o processo de cassação ficará anulado até o julgamento final do recurso judicial “ou até que os autos de apelação sejam baixados para o Juízo de primeira instância”.

Entenda

A Câmara Municipal de Lagoa da Confusão abriu uma investigação e processo de impeachment contra o prefeito Nelsinho Moreira em outubro de 2018. O processo político-administrativo foi aberto por causa de supostos pagamentos, sem licitação, a um escritório de advocacia em 2017.

O mesmo contrato já tinha sido questionado pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público Estadual. O prefeito foi acusado de fazer pagamentos mensais de R$ 10 mil para o escritório, totalizando R$ 60 mil. O valor é considerado alto para um município de pequeno porte.

O processo de impeachment, inclusive, virou alvo de uma disputa judicial e chegou a ser anulado pela 1ª Escrivania Cível de Cristalândia. Isso porque o juiz de 1º grau entendeu que os vereadores receberam a denúncia e votaram a abertura do processo de impeachment em uma mesma sessão.

Só que eles deveriam ter colocado a matéria na ordem do dia com antecedência de oito horas antes do início da sessão, como prevê o regimento interno. O prazo seria para que o prefeito tivesse conhecimento prévio e oficial da denúncia. Essa decisão anulando o processo de cassação ocorreu em janeiro de 2019.

Depois disso, a Câmara de Vereadores recorreu ao Tribunal de Justiça, que cassou a decisão de primeira instância e determinou novo julgamento sobre o caso no último dia 7 de outubro.

Com isso, os vereadores entenderam que o processo de impeachment poderia ser retomado e convocaram a votação para esta quarta-feira (23). Com a decisão do Tribunal de Justiça, a votação não tem data para ser realizada.