A Polícia Civil realizou nesta sexta-feira (27) uma operação em Araguaína, no norte do estado, que resultou no cumprimento de três mandados de prisão preventiva e 12 ordens de busca e apreensão. A ação investiga a suspeita de venda ilegal de veículos apreendidos e pertencentes a vítimas de acidentes de trânsito.
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Com a participação de 40 policiais, a operação também incluiu cinco medidas cautelares diversas da prisão. Um dos alvos foi uma empresa de logística e leilão de veículos, responsável pelo armazenamento de automóveis apreendidos.
Há suspeitas de que funcionários estariam desviando veículos, incluindo carros e motocicletas, para venda. A empresa Sancar Leilões, citada na operação, emitiu uma nota afirmando ser a principal vítima e maior interessada na solução do caso, após identificar a ausência de veículos em seu pátio.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, pelo menos 55 veículos foram extraviados e vendidos pela organização criminosa que operava dentro da empresa. Um dos casos investigados envolve uma técnica de enfermagem que morreu atropelada por um caminhão. Após o acidente, a moto da vítima foi apreendida, mas funcionários da empresa teriam vendido o veículo a um morador de São Geraldo (PA).
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As investigações também apontam que o gerente da empresa registrava boletins de ocorrência falsos, alegando que os veículos teriam sido furtados do pátio. O nome dele não foi divulgado.
O esquema criminoso envolvia a venda de motocicletas, muitas delas revendidas no estado do Pará por cerca de R$ 3 mil cada. Ao todo, o gerente teria registrado pelo menos 20 boletins de ocorrência falsos.
Além de responder por peculato e comunicação falsa de crime, o gerente e outros envolvidos também enfrentam acusações de corrupção passiva. Alguns proprietários pagavam propina, em média R$ 4 mil, para a liberação irregular de veículos apreendidos, evitando o pagamento de multas e outras despesas.
Os envolvidos foram autuados por crimes de peculato, corrupção passiva e organização criminosa. Após serem ouvidos, os presos foram encaminhados à Unidade Penal de Araguaína.
O que diz a Sancar
A empresa Sancar Gestão Empresarial e Logística de Veículos Ltda, concessionária responsável pela guarda e remoção de veículos apreendidos, afirmou em nota que é vítima das subtrações de veículos que estavam sob sua custódia. A empresa destacou que solicitou a ajuda da Polícia Civil ao identificar que veículos retidos em seu pátio estavam sendo encontrados nas ruas sem a devida regularização. A Sancar reiterou seu compromisso com a justiça e colaborou ativamente com as investigações para esclarecer o caso e punir os envolvidos no esquema criminoso.