Tocantins pode ter dois governadores cassados no mesmo ano

Com a afirmação do procurador eleitoral Álvaro Manzano, o governador eleito Mauro Carlesse pode ser cassado antes da próxima eleição, em outubro.

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Tocantins além de ser um estado novo, também é cheio de peculiaridades. E na política não poderia ser diferente, ainda mais com os novos acontecimentos recentes. Após todo vai e vem que rodeou o processo de cassação do ex-governador Marcelo  Miranda, no último domingo (24), Mauro Carlesse (PHS) foi eleito governador, em uma eleição em que pela segunda vez na história do estado foi definida em segundo turno. Em outubro terá novamente eleições e com isso, o estado poderá chegar a ter três governador em um mesmo ano.

Mas esse número ainda pode aumentar, de acordo com o procurador eleitoral Álvaro Manzano, é possível que o Tocantins tenha mais um governante até o fim do ano. Ele ressaltou ainda ser prematuro, mas que é possível que tenhamos outro mandato-tampão antes mesmo das próximas eleições, para cumprir o resto do mandato.

Conforme o procurador, isso pode acontecer porque a Polícia Federal apreendeu documentos no Palácio Araguaia e em secretarias do governo a pedido da Justiça Eleitoral. A suspeita dos investigadores é de que houve compra de apoio político e uso da máquina pública durante a campanha para Eleição Suplementar. As denúncias foram feitas pelo candidato derrotado no segundo turno Vicentinho Alves (PR).

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Marco Villas Boas já sinalizou que pretende dar celeridade ao processo. Para ele, “se não decidir logo, penso que não haverá resposta no curso do mandato, mas existem prazos que precisam ser respeitados que não são só de quem propõe a denúncia e acusa, mas também para a defesa”, pontuou.

As denúncias contra o governador eleito estão sendo investigadas pela Justiça Eleitoral em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Entre os indícios apontados estão à liberação de verbas por emendas parlamentares e pagamentos de despesas de anos anteriores. Segundo a Justiça Eleitoral, o Palácio Araguaia estaria sendo usado como “comitê de campanha” para a eleição suplementar. Também é investigada a utilização de servidores públicos da TV e rádio do Estado na campanha do governador eleito.

Após a apreensão dos documentos, a Secretaria de Comunicação do Estado afirmou que o governo está colaborando com o trabalho da Polícia Federal. Na época, o governador interino informou que segue tranquilo e apoia qualquer investigação, determinando que seus auxiliares prestem todas as informações solicitadas.(Com informações do G1)

Foto: Divulgação

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