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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (23), uma operação contra suspeitos de participar de atos golpistas no Tocantins. São cumpridos dez mandados de busca e apreensão contra investigados por participar e financiar dos atos antidemocráticos, como o fechamento de rodovias por não aceitar o resultado das eleições presidenciais em 2022.
Um dos principais bloqueios registrados no estado foi na ponte da TO-080 entre Palmas e Luzimangues, na principal entrada da capital. A passagem ficou vários dias bloqueada e só foi liberada após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que as polícias dos estados fizessem os desbloqueios em todo país.
A decisão que autorizou as buscas nessa operação foi expedida pela 4ª Vara Federal de Palmas. Ainda não se sabe quem são os alvos das buscas.
Os investigados devem responder pelos crimes de tentativa de abolição do estado democrático de direito e por tentativa de depor o governo legitimamente constituído. As penas somadas podem chegar a 20 anos de reclusão.
Os bloqueios feitos grupos contrários ao resultado das eleições começaram na madrugada de 31 de outubro, depois de confirmada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Em todo o Tocantins foram mais de 20 trechos fechados ao longo de quase quatro dias.
Na época, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que multou 68 manifestantes nas rodovias federais que passam pelo Tocantins. A PM não divulgou nenhum número de multas aplicadas em bloqueios nas estradas estaduais.
*Com informações do G1