A Polícia Militar do Pará prendeu o quarto suspeito de envolvimento no crime de latrocínio que vitimou o cabeleireiro Wanderson Menezes em Porto Nacional no último dia 12. O suspeito, de 21 anos, identificado apenas pelas iniciais S.F.L, é apontado como o mentor do crime brutal que revoltou a população da cidade.

A captura do suspeito aconteceu na tarde desta quarta-feira (28), em Conceição do Araguaia. Após ser preso, ele foi levado para a Delegacia de Plantão da cidade e deve ser transferido para a Unidade Penal de Porto Nacional nos próximos dias, onde ficará à disposição da Justiça do Tocantins.

• Cabeleireiro desaparecido foi morto com facadas e tiro na cabeça após ser atraído para falso encontro
• Cabeleireiro foi amarrado e preso no porta-malas de carro antes de ser morto em falso encontro
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Segundo o delegado Wagner Rayelly Pereira Siqueira, titular da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic) de Porto Nacional) “S.F.L será processado e julgado pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores”.

Ainda de acordo com o delegado, com a prisão do principal suspeito, o inquérito policial será concluído e enviado ao Poder Judiciário para as devidas providências por parte do Ministério Público.

O delegado destacou ainda que, dos quatro envolvidos no crime, apenas S.F.L. tinha passagens anteriores pela polícia, por crimes como direção perigosa, roubo e tráfico de drogas.

Investigações

De acordo com as investigações, S.F.L. e outros três suspeitos (dois adolescentes de 14 e 15 anos e um jovem de 18 anos) planejaram o crime com o objetivo de roubar o carro da vítima, que já tinha um comprador em potencial.

Um dos adolescentes, que já conhecia Wanderson, marcou um encontro com ele. Quando a vítima chegou ao local, foi rendida pelos criminosos, colocada no porta-malas do carro, e levada de Porto Nacional para Paraíso do Tocantins, onde entregariam o veículo ao comprador. Durante o trajeto, Wanderson foi morto com facadas e um tiro na cabeça.

Os três envolvidos capturados relataram que, ao chegar às margens da TO-455, no sentido do distrito de Luzimangues, tiraram a vítima do porta-malas e a executaram. O jovem de 18 anos e um dos adolescentes seguraram Wanderson enquanto o outro adolescente o esfaqueava e S.F.L. atirava na cabeça dele.

Em seguida, abandonaram o corpo no local e seguiram para Paraíso, onde tentaram concluir a venda do carro. No entanto, devido à repercussão do desaparecimento de Wanderson, o comprador desistiu da negociação e pediu que o grupo retirasse o carro de volta.

No dia seguinte, quando retornaram para buscar o veículo, decidiram incendiá-lo. No entanto, foram abordados por um policial militar à paisana, que, ao reconhecer o veículo suspeito, tentou interceptá-los.

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O adolescente que dirigia o carro abandonou o veículo e fugiu na garupa de uma motocicleta pilotada por outro adolescente. Com o auxílio da Polícia Rodoviária Federal, a motocicleta foi identificada, e a Polícia Militar montou uma barreira próxima ao distrito de Pinheirópolis, onde os adolescentes foram capturados.

Apreensões e Prisões

Durante a abordagem, os adolescentes confessaram sua participação no crime e indicaram o local onde deixaram o corpo da vítima. A perícia oficial e o Instituto Médico Legal de Palmas foram acionados, e o corpo de Wanderson foi recolhido, passando por necropsia antes de ser liberado para os familiares.

Os adolescentes foram conduzidos à Central da Polícia Civil em Porto Nacional, onde foram autuados em flagrante por atos infracionais análogos a latrocínio e ocultação de cadáver. Eles estão sob a custódia do Sistema Socioeducativo do Estado.

O jovem de 18 anos foi capturado no dia 14 pela Polícia Militar e foi autuado por latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores, sendo encaminhado para a Unidade Penal Regional de Porto Nacional

As investigações revelaram ainda que o celular da vítima foi descartado em uma área de mata e que compras foram realizadas com o cartão de Wanderson, inclusive para abastecer o veículo. A investigação continua para apurar o possível envolvimento do comprador do carro no crime.