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O surgimento de serpentes na Unidade de Saúde Zilda Pereira de Oliveira, do município de Nazaré, região do Bico do Papagaio, no norte do estado, tem assustado moradores e pacientes. Desde novembro, vários animais foram encontrados no pátio e dentro dos consultórios.
A informação de moradores é que, em média, cerca de três jararacas aparecem por dia no local. Até o momento ninguém foi atacado, mas a comunidade teme os riscos.
O especialista em toxicologia, Márcio Trevisan, explica que a jararaca é um animal peçonhento que está envolvido na maioria dos casos de acidentes com cobras no Brasil.
“São serpentes que andam essencialmente pela noite, elas saem para explorar e caçar no final da tarde. É a espécie mais comum no Tocantins”.
O posto de saúde fica no bairro São Francisco, próximo a saída para o povoado Grota da Areia. Os moradores explicam que várias áreas da região estão cobertas por mato. Os funcionários da UBS relatam que o matagal está invadindo até a parte do pátio da unidade de saúde, deixando o espaço inutilizável.
Quem vive na região aguarda pelo serviço de roçagem e reclama que o matagal pode facilitar o aparecimento dos animais. O especialista explica que deixar o mato baixo deve ajudar a diminuir o número de aparições de serpentes.
“O matagal pode influenciar no surgimento dessas serpentes, já que o ambiente possibilita que o animal se esconda e se alimente. Por isso é sempre indicado que nesses lugares onde têm circulação de pessoas, se faça a roçagem para manter o mato baixo. Também é indicado que evite o acúmulo de objetos e matérias como madeira, tijolos e restos de materiais de construção, justamente porque esses locais acabam de tornando um refúgio para esses animais”, explica o especialista.
Apesar do perigo, é crime matar animais silvestres. A orientação é que bombeiros, policiais e entidades ambientais sejam acionadas para fazer o resgate do animal.
“Esses animais estão sendo forçados a sair do ambiente natural deles. O ideal é que a serpente não seja morta, o ideal é solicitar o resgate para levar o animal a um lugar seguro, já que eles são importantes para a cadeia alimentar do ambiente”, ressalta Márcio Trevisan.