Sorvete com medicamento para ajudar crianças que precisam extrair dentes é desenvolvido por pesquisadores do TO

Objetivo é juntar o analgésico, que costuma ser amargo, no alimento gelado que é prescrito por dentistas durante o tratamento odontológico.

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Pesquisadores do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp-Ulbra) de Palmas desenvolveram um sorvete que contém remédio para ajudar crianças a serem medicadas da forma correta e sem sofrimento. O sorvete, que ainda tá na fase de testes, é indicado para quem precisou extrair dentes, já que neste processo doloroso é necessário ingerir alimentos gelados. Os dentistas e pequenos pacientes aprovaram a ideia.

O sorvete terapêutico é desenvolvido desde 2018 por professores e alunos do curso de farmácia da instituição. A fórmula é aplicada no laboratório de odontologia. Juliane Farinelli Panontin, que é coordenadora do curso, disse que a fórmula ajuda os pequenos na hora de aceitar os remédios, que geralmente têm gosto ruim, durante o tratamento odontológico.

“A criança quando faz um tratamento odontológico, como a retirada de um dentinho, os odontopediatras geralmente prescrevem um analgésico e prescrevem que a criança faça compressa de gelo e tome sorvete. A gente pensou então em juntar o gelo e o analgésico fazendo uma formulação de um sorvete terapêutico”, disse Juliane Farinelli.

O sorvete tem sabor de chocolate e Juliane explica que a escolha não tem relação apenas com a preferência das crianças. “Como os analgésicos são amargos, sabores que têm residual amargo ajudam a mascarar o sabor desse fármaco”, disse.

sorvete
Foto: Reprodução

No consultório da instituição, onde estudantes aprendem a ser dentista na prática, o sorvete terapêutico é oferecido para crianças de 6 a 9 anos. Os pais levam para casa oito pequenos potes. Até agora todos os testes foram bem sucedidos.

Enzo Panontin, de 8 anos, passou pelo consultório e provou o sorvete. “É gostoso o sorvete, mas não é tipo ótimo. Mas o sorvete é muito bom, muito melhor que o remédio. É muito bom”, disse.

Tássia Silvana, que participa do estudo, diz que o sorvete melhorou até os atendimentos.

“Muitas crianças comentam: ‘eu quero por causa do sorvete’. […] isso também trás algo lúdico para a criança, que gosta de estar aqui, de fazer o procedimento. Ela vai ter um cuidado diferente e já sai daqui com a medicação. Isso é algo bem interessante e ajuda”, contou Tássia.

Por G1