Um acidente envolvendo um motociclista virou polêmica na manhã desta sexta-feira (30) em Palmas. Tudo começou quando a vítima bateu com a motocicleta que ele conduzia na traseira de um ônibus. A colisão aconteceu na avenida Teotônio Segurado, ao lado do prédio do Serviço de Atendimento Médico de Urgência. Mas o que parecia ser sorte, acabou causando muito mais transtorno para a vítima.
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Um jovem que estava no local fez um vídeo mostrando a demora e afirmou que os socorristas estavam recusando o atendimento. Segundo a testemunha, os socorristas disseram a ele que teria que ligar o 192 para que a vítima fosse socorrida.
“Eu fui lá avisar o pessoal e eles disseram que tem que ligar, mas eu ligo no telefone e tá só ocupado, o 192. Olha lá, o pessoal do Samu tá só assistindo [sic]. Falei para todos os funcionários e disseram que tem que fazer chamado. Enquanto isso, o cara tá aqui sem socorro e não é atendido”, disse Fernando da Silva.
A rapaz informou que os profissionais do Samu só foram atender a vítima depois que ele começou a gravar o vídeo.
Já a vítima, após finalmente ser atendida, foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte sem nenhuma fratura aparente. O quadro de saúde dele é estável.
O que diz o Samu
O diretor técnico do Samu, Luciano Lopes, falou a TV Anhanguera que não houve uma recusa por parte dos socorristas. Ele alegou que o “protocolo operacional do serviço tem o fluxo iniciando com o acionamento do 192, onde é feita uma coleta de dados do solicitante e do paciente. Onde você faz um cadastro também do local da ocorrência.”
O diretor disse ainda que o acionamento do Samu pelo telefone 192 é um protocolo operacional determinado pelo Ministério da Saúde que precisa ser seguido mesmo se a situação for gravíssima.
O diretor afirma que a medida tem o “intuito é minimizar o sofrimento do paciente, mas é necessário sim a coleta de dados esse acionamento do 192, até para fins jurídicos, porque esses dados são coletados e armazenados”, disse.
O médico afirma ainda que o protocolo otimiza o tempo de resposta do Samu. “Se você encaminha uma ambulância só por informações de terceiros, sem uma coleta eficaz de dados do doente você pode atrasar o atendimento. O médico regulador poderá fazer orientações por telefone e minimizar os agravos”, afirmou.
Porém o caso gerou polêmica e repercutiu nas redes sociais. Algumas pessoas questionaram se ao acaso, não tivesse nenhuma testemunha no local,o que aconteceria com o acidentado “Será que os socorristas iriam ignorar a vítima ou iriam esperar alguém passar, para pedir para essa pessoa ligar no 192?”, comentou um internauta.