Um homem de 41 anos foi preso na segunda-feira (2), no Pará, acusado de cometer crimes sexuais contra uma menina de 10 anos que reside no Recife. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito obteve vídeos da vítima sem roupas e a chantageou, exigindo que ela enviasse mais fotos íntimas para evitar a divulgação das imagens anteriores.
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A mãe da criança denunciou o caso em abril deste ano na Delegacia de Água Fria, na Zona Norte do Recife. Ela relatou que um perfil de redes sociais com o nome “Rayane Silva” e a foto de uma mulher estava ameaçando sua filha.
Após uma investigação cibernética, a Polícia Civil de Pernambuco descobriu que a pessoa por trás do perfil falso era, na verdade, um homem natural de Concórdia do Pará, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.
Nos prints divulgados pela Polícia Civil, é possível ver que o suspeito, usando o perfil falso, convenceu a menina a criar uma conta em um aplicativo chamado “Zangi”. Fingindo ser uma amiga, ele persuadiu a criança a interagir e, quando não recebia resposta, ameaçava divulgar os vídeos em grupos escolares e nas redes sociais.
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No aplicativo de mensagens, o criminoso exigiu dois vídeos da menina nua e fez novas ameaças, dizendo que, se ela o bloqueasse, a situação pioraria e que ele a tornaria conhecida em todo o Brasil.
A investigação revelou que o homem preso tinha como alvos meninas entre 10 e 12 anos e usava métodos semelhantes com todas elas. Ele mantinha mais de 20 perfis falsos, todos se passando por meninas.
“Ele abordava as vítimas pelo Kwai e Instagram, pedia para baixar um aplicativo de mensagens privadas e, a partir daí, começava a chantagem, ameaçando divulgar as fotos íntimas para que as vítimas enviassem mais imagens,” explicou o delegado Mário Melo, responsável pelo caso.
O suspeito foi autuado pelos crimes de pornografia infantil virtual e “sextorsão”, que consiste em utilizar informações, fotos e vídeos de teor sexual para chantagear a vítima sob ameaça de divulgação desse material.
Segundo o delegado, o homem confessou os crimes durante o interrogatório. A Polícia Civil identificou delitos sexuais cometidos por ele em pelo menos cinco outros estados: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul.
“Em depoimento, ele admitiu o crime. Conseguimos provas que confirmam que ele estava por trás dos perfis falsos. Ele afirmou que obtinha esses vídeos em grupos de Telegram e que usou essa estratégia com a vítima no Recife,” concluiu Mário Melo.