Servidores depositaram quase meio milhão em conta do filho do presidente da AL, apontam documentos

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Servidores fantasmas da Assembleia Legislativa do Tocantins teriam depositado aproximadamente R$ 500 mil na conta do vereador de Porto Nacional, Tony Andrade. A informação conta em documentos que a Polícia Civil incluiu no inquérito da operação Cartase, que investiga funcionários fantasmas no estado.

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O vereador é filho do presidente da AL, Antônio Andrade (PSD). Conforme as investigações, os depósitos foram encontrados após quebra do sigilo bancário dos funcionários. Durante os depoimentos, os servidores teriam confessados que recebiam sem trabalhar no gabinete de Antônio Andrade.

O presidente da Assembleia deve ser ouvido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (13). Ele não é investigado no caso. Já o filho dele, compareceu na delegacia nesta quarta-feira (12), mas permaneceu em silêncio durante o interrogatório e não falou com jornalistas na saída.

Segundo consta nos documentos, em um dos casos, a servidora Antônia Rosal fez 44 transferências para Tony entre janeiro de 2015 e maio de 2018. O valor total chega a R$ 164 mil, o que é 94% de tudo o que ela recebeu da AL.

Já Franklin Delano, que também estava lotado no gabinete de Antônio Andrade, fez 56 transferências que chegam a R$ 155 mil. Um dos casos que mais chamou a atenção dos investigadores, é o de Leandro Vinícius, que fez 61 transferências que somam mais de R$ 173 mil.

Segundo a polícia, os casos foram descobertos em fevereiro, durante uma das fases da Operação Espectro, em Porto Nacional. Agora, este inquérito foi incluído na Operação Catarse.

A suspeita dos investigadores é de que os servidores investigados e Tony Andrade tenham realizado a prática conhecida como ‘rachadinha’. Ela consiste em o servidor fantasma ficar com uma pequena parte do salário e devolver o restante a pessoas indicadas no momento da contratação.

*Com informações do G1

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