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A Comissão Especial que analisa o pedido de impeachment contra o governador afastado Mauro Carlesse (PSL) se reuniu novamente no final da tarde desta quarta-feira (16). O presidente da comissão, Elenil da Penha (MDB), determinou um prazo de três dias para que o relator, Júnior Geo (PROS), se defenda no pedido de afastamento feito pela defesa de Carlesse.
Esta foi a primeira reunião da comissão após a defesa de Carlesse apresentar o pedido da mudança de relator. O argumento é de que Geo tinha apresentado outro pedido de impeachment contra Carlesse, que acabou não sendo aceito. O entendimento dos advogados do governador é que isso compromete a imparcialidade do relatório da comissão.
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Enquanto o deputado não apresenta os documentos, os outros pedidos apresentados na comissão não serão analisados. Ficou convocada uma sessão extraordinária para a próxima terça-feira (22), às 18h01, para tratar do tema.
A função do relator na comissão é analisar os argumentos da acusação e da defesa e preparar um relatório recomendando o prosseguimento ou arquivamento do pedido de impeachment. O relatório precisa ser aprovado pela maioria dos membros da comissão para valer.
Na terça-feira (15) o deputado tinha sinalizado que pretende continuar na função. Na reunião desta quarta ele reforçou este posicionamento, disse que não é o autor do pedido que está sendo analisado e que não persegue ninguém na vida pública.
Estão nas mãos de Júnior Geo os documentos apresentados por Carlesse no começo da semana para se defender. O governador alegou que o pedido de impeachment é baseado em ‘interesses eleitoreiros’, citou a relação do autor do pedido com a família do governador em exercício Wanderlei Barbosa (Sem partido) e afirmou de que nos autos não há nenhuma prova do cometimento de crimes.
Carlesse está afastado do Palácio Araguaia por determinação do STJ desde outubro de 2021. O prazo do afastamento do governador termina em abril, mas pode ser revisto pela Justiça caso o STJ avalie que é necessário. Ele é considerado suspeito em duas operações da Polícia Federal.
Uma das investigações é sobre suposto recebimento de propina de fornecedores do plano de saúde dos servidores públicos estaduais. A outra é sobre interferência política em operações da Polícia Civil do Tocantins. Os argumentos da decisão que levou ao afastamento embasaram o pedido de impeachment. Carlesse nega todas as acusações.
Por G1