Apos reforma administrativa feira pela Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esporte (Seduc), a rede de ensino do Tocantins vai fechar perder 21 escolas. Entre os motivos apontados pelo governo está a queda no número de matrículas.
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
O estado alega que nos últimos dez anos, segundo levantamento da própria secretaria, a rede estadual teve uma redução 31,2% no número de alunos.
Já o censo escolar divulgado pelo Inep aponta que no Brasil o ensino integral apresentou queda no fundamental e aumento no ensino médio.
Com o fechamento das escolas, 4.858 alunos e 1.508 profissionais serão remanejados para outras unidades. A secretaria afirma que haverá otimização dos recursos e espaços, sem prejuízo para o serviço.
“Identificamos situações preocupantes, como o desequilíbrio entre o número de alunos matriculados e de servidores lotados nas escolas. Com a readequação realizada, nenhum estudante da rede saiu prejudicado, visto que as mudanças se deram para unidades muito próximas das escolas anteriores”, alega a secretária Adriana Aguiar.
Algumas unidades também serão fechadas devido encerramento de convênios do governo com instituições. Neste caso, os alunos foram transferidos para prédios próprios da Secretaria de Educação.
A secretaria afirmou ainda que parte dos prédios públicos serão cedidos para os municípios e destinados ao ensino infantil municipal. Outros serão destinados para formação de professores e para a segurança pública.
O prédio do Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Caic), por exemplo, será transformado no Centro Integrado de Formação e Segurança Pública (Ciforsep).
O local onde funcionava o Colégio Estadual Augusto dos Anjos, também em Palmas, será destinado para o Centro de Formação de Professores e Academia da Polícia Militar.
No caso do Colégio Augusto dos Anjos, conforme a secretaria, a unidade atendeu pouco mais de 80 alunos em 2018, sendo que tem capacidade para 600 estudantes.
Umas das escolas que serão fechadas é a Escola de Tempo Integral Frei José Maria Aldrin, que foi vistoriada pelo Ministério Público no início desta semana.
Na ocasião, o órgão reuniu com cerca de 50 pessoas, dentre pais, alunos, professores e servidores da escola. Eles informaram que não foram consultados oficialmente sobre o fechamento da unidade e se manifestaram contrariamente.
Entre ouras razões, a comunidade alegou que, pela transferência para a Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Dom Pedro II, os estudantes precisariam percorrer uma distância mais longa e caminhariam pelo centro da cidade, em local de intenso tráfego de veículos.
Eles disseram ainda que crianças e adolescentes estariam sozinhos, já que os pais informaram que não teriam condições de levá-los à escola.
Escolas que serão ser fechadas:
- Colégio Estadual José Bonifácio, em Xambioá;
- Escola Estadual Apoenam De Abreu, em Arraias;
- Escola Estadual Joaquim José de Almeida, em Taguatinga;
- Escola Estadual Olavo Bilac, em Presidente Kennedy;
- Escola Estadual Regina Siqueira Campos, em Lizarda;
- Escola Estadual Novo Horizonte, em Rio Sono;
- Escola Estadual Pio XII, Tocantinópolis;
- Escola Estadual Trajano Coelho Neto, em Pium;
- Escola Estadual Joana Medeiros, em Ponte Alta do Tocantins;
- Escola Estadual de Tempo Integral Frei José Maria Aldrin, em Porto Nacional;
- Escola Estadual Henrique Figueiredo de Brito, em Babaçulândia;
- Escola Estadual Manoel Messias, em Miracema;
- Escola Estadual Diolindo dos Santos Freire, Novo Alegre;
- Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Caic), em Palmas;
- Colégio Estadual Augusto dos Anjos, em Palmas;
- Colégio Nossa Senhora da Conceição, em Wanderlândia – conveniada;
- Colégio Paroquial Sagrado Coração de Jesus, em Araguaína – conveniada;
- Colégio Pré-Universitário, em Araguaína – conveniada;
- Escola Comunitária de Augustinópolis – conveniada;
- Escola Batista B. Foreman, em Dianópolis – conveniada;
- Escola São Francisco De Assis, em Cristalândia – conveniada.
Cerca de 150 mil estudantes estão matriculados na rede estadual em 2019. De acordo com o governo, a capacidade da rede é para 180 mil vagas nos 139 municípios. Apesar do fechamento das 21 unidades, o Estado afirma que iniciará o ano letivo com 499 unidades escolares.