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Uma Expedição a Ilha do Bananal, que estava marcada para a manhã desta quinta-feira (14), foi suspensa pela Justiça Federal. O evento era realizado há vários anos com centenas de pilotos percorrendo o território indígena de Formoso do Araguaia até São Félix do Araguaia (MT). Uma multa em caso de descumprimento foi fixada em R$ 100 mil.
O pedido de suspensão do rali foi feito pelo Ministério Público Federal e Conselho das Organizações Indígenas do Povo Javaé da Ilha do Bananal (Conjaba). Homens da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram chamados para impedir a realização do evento.
De acordo com a decisão do juiz Eduardo de Assis Ribeiro, emitida nesta quarta-feira, os organizadores precisariam de autorização dos indígenas para entrada na terra, mas apenas duas aldeias teriam consentido com o evento.
Além disso, seria necessária também uma autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Nos anos anteriores o evento contou com a participação de jeeps, quadriciclos, gaiolas, motos e UTVs.
Acesso restrito
A 2ª vara federal de Palmas determinou a criação de uma área de acesso restrito dentro da Ilha do Bananal, onde indígenas que vivem isolados foram avistados no dia 9 de outubro. Eles foram vistos a partir de um helicóptero durante trabalhos para combater as queimadas na região. A área é conhecida como a ‘mata do mamão’.
A decisão é do juiz federal Ademar Aires Pimenta. O tamanho da área restrita e as formas de controle de acesso deverão ser decididos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).
A decisão atende ao pedido feito pelo Ministério Público Federal. Antropólogos ouvidos pelo órgão afirmam que os indígenas avistados provavelmente são do povo Avá-Canoeiro, também conhecido como “Cara Preta”.
