A Polícia Civil concluiu, nesta quarta-feira (15), o inquérito policial que apurava o envolvimento de membros de uma família com a prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, em Xambioá, região norte do Estado.
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De acordo com o delegado responsável pelo caso, José Antônio da Silva, os indiciamentos fazem parte da operação “Genere Male” (Gene mal), que foi deflagrada ainda no mês de abril e resultou no indiciamento de quatro pessoas de uma mesma família e na prisão de duas delas.
Conforme a Polícia Civil, o principal alvo é um jovem de 26 anos, identificado apenas pelas iniciais, D. J. P.S, atualmente recluso na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, de onde chefiava a venda de drogas na residência de sua própria mãe.
As investigações revelaram ainda a existência de um “olheiro” no local para supervisionar o ponto de venda de drogas e informar sobre a presença de estranhos na vizinhança. O ‘vigia’ foi descoberto quando uma equipe de policiais civis realizava atos investigatórios nas imediações.
Na ocasião, os policiais foram hostilizados por um jovem identificado apenas pelas iniciais M.A.C, de 18 anos, que, ao perceber a abordagem, armou-se com uma faca e enfrentou os agentes. Após ser contido e conduzido até a unidade policial, ele confirmou o comércio ilegal de drogas no local, mas negou sua participação na associação criminosa.
A polícia informou ainda que a companheira de D.J.P.S, uma jovem de 19 anos, de inicias S.S.S, também foi indiciada, após a localização e apreensão em seu poder de 44 pedras de crack, 31 papelotes de cocaína e balança de precisão.
As apreensões aconteceram durante cumprimento de mandado de busca e apreensão residência da suspeita. Ela foi foi presa em flagrante delito e encaminhada à Unidade Prisional Feminina de Babaçulândia/TO.
Também foram indiciados a mãe e o padrasto do traficante, respectivamente, E.P.S, de 44 anos, e F.N.S, de 31 anos. De acordo com a polícia, eles cediam conscientemente a residência localizada no Bairro Alto Bonito, em Xambioá, para o comércio de drogas.
A legislação penal vigente pune o ato de ceder imóvel para o tráfico de drogas com as mesmas penas do tráfico, além disso, o imóvel ainda pode ficar sujeito a expropriação judicial pelo estado por contrariar sua finalidade social.
O delegado José Antônio disse ainda, que a mesma família sofreu busca domiciliar em operação policial deflagrada em dezembro de 2017, oportunidade em que foram presos no mesmo local o padrasto, a mãe e seus quatro filhos.
Somente D.J.P.S. encontrava-se em liberdade, mas foi preso e indiciado em abril de 2019, também pela prática de atividades ilícitas no bairro.