Projeto de ressocialização “Rompendo os limites à universidade” é lançado em Porto Nacional

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Foi lançado nesta quarta-feira (16) o projeto “Rompendo os limites rumo à universidade”, com oferta de aulas preparatórias de nível médio para os reeducandos da Casa de Prisão Provisória  de Porto Nacional (CPP). A iniciativa é do Poder Judiciário, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins, a Secretaria Estadual de Educação e o Conselho da Comunidade da Ordem dos Advogados do Brasil (subseção Tocantins) e visa contar com a educação como uma importante aliada nos trabalhos voltados à ressocialização.

O projeto tem o objetivo de preparar os internos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), já com o objetivo de despertar nos internos o desejo de ingressar em um curso superior.

A história do CPP de Porto Nacional Clebson Melquiades Ribeiro foi inspiração para  o “Rompendo os limites da universidade”.  Aos 42 anos de idade, ele é graduado em Gestão Ambiental e conseguiu cursar a faculdade ainda cumprindo pena no sistema prisional. “Muitas vezes as pessoas só precisam de oportunidade para mostrar à sociedade que é possível mudar, vencer os preconceitos e as barreiras encontradas no caminho”, afirmou Clebson.

Durante a solenidade de lançamento do projeto, o titular da 2ª Vara Criminal de Porto Nacional, juiz Allan Martins Ferreira, ressaltou a importância da ação como ferramenta de transformação social. “O projeto tem tudo para render bons frutos. Vamos dar oportunidade e condições para que estas pessoas privadas de liberdade possam se recuperar e voltar à sociedade transformadas e sem riscos de reincidência”, ressaltou o magistrado.

O diretor da CPP de Porto Nacional, Marcelo Silva Costa, também ressaltou que as expectativas são positivas. “A convivência diária com os reeducandos nos faz ver que na unidade há pessoas com interesse em mudar de vida. Com o projeto, aliado às iniciativas já desenvolvidas, juntamente com o esforço das instituições parceiras, pretendemos recuperar o máximo de pessoas porque sabemos que essas ações são contagiantes e os detentos recuperados conseguem motivar os demais”, disse.

Para a diretora em exercício do Campus de Porto Nacional, Juliana Ricarte Ferraro, a atuação dos profissionais da Educação é importante para o desenvolvimento do projeto. “A universidade tem o papel de romper barreiras e levar o conhecimento a todos. Além de envolver os reeducandos, a ação também beneficia diretamente a comunidade acadêmica e servirá como um curso de extensão aos universitários”, afirmou.

“Tivemos a ideia de levar mais essa iniciativa à unidade para complementar ações já desenvolvidas.  Os reeducandos recebem aulas e cursos regulares do ensino médio e fundamental. Com o projeto, vamos prepará-los para disputar vaga nas faculdades e poderem mudar seus futuros  voltando ao convívio social com dignidade”, complementou o coordenador do projeto, técnico da Defesa Social da CPP, Oséias Rego.

Foto: Divulgação

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