Profissionais da educação de Guaraí decretam ‘estado de greve’

Os profissionais da educação da rede municipal de Guaraí decretaram “Estado de Greve” durante assembleia realizada nesta segunda-feira (21). Conforme o sindicato da categoria, o ato, que ocorre no início do ano letivo no município, é um alerta para o empregador quanto a possibilidade de deflagração de fato da greve pelos profissionais.

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A decisão de promover um ato público no início das aulas foi tomada pelos trabalhadores em assembleia realizada no última dia 16. O sindicato informou que os profissionais protestam pelo cumprimento do Piso no início da carreira. Um ato público aconteceu em frente à Prefeitura, com caminhada na rua principal da cidade.

Ainda conforme o sindicato, também fazem parte da pauta de reivindicações: o pagamento dos retroativos da data-base 2017, retroativos do Auxílio alimentação e o cumprimento na íntegra do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Educação.

A presidente da regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), Iolanda Bastos informou que a categoria buscou ser atendida em meio ao protesto, mas foi informada que a prefeita, Lires Ferneda (PSDB) não se encontra em Guaraí. 

Iolanda disse que administração, autorizada pela gestora agendou uma reunião para atender a categoria na próxima quinta-feira (24), às 15 horas.

Uma nova assembleia para deliberar sobre o resultado da reunião com a prefeita também foi agendada pelo Sintet, às 16h30, na mesma data. Na ocasião, a categoria deve manifestar sobre uma possível greve.

Em nota publicada no site da prefeitura de Guaraí, a prefeita compara a média salarial dos educadores a do restante da população guaraiense, porém o Sintet disse que o salário dos profissionais do magistério não é contabilizado pela média salarial da população, mas sim através da Lei Federal, Nº 11.738/2008, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os profissionais do Magistério Público da Educação Básica.

“Nossa luta é pela valorização dos profissionais da Educação, pela manutenção do Piso e sua aplicação na carreira. Não estamos aqui desmerecendo as demais categorias dos servidores públicos, tão pouco os trabalhadores da iniciativa privada, todo profissional é digno de respeito e valorização. Vemos a nota da prefeitura como forma de desqualificar os educadores frente a sociedade, isso nos causa uma profunda indignação”, disse Iolanda Bastos.

“Estamos buscando através deste protesto um diálogo com a gestão. A categoria anseia por resposta, e principalmente, pelo cumprimento das reivindicações por parte da gestão”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.

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