Principal suspeito de praticar esquema milionário no Tocantins é investigado em outros 16 crimes de estelionato

Operação prendeu dois suspeitos de envolvimento no crime nesta segunda-feira (17). Em áudio captado pela polícia, suspeitos negociam máquina agrícola pela metade do preço.

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A Polícia Civil divulgou um relatório sobre as investigações de estelionato envolvendo a compra e venda de máquinas agrícolas no Tocantins. O documento revela que um grupo atuava de forma organizada, com tarefas divididas. Wllian Jonathan Trevizan, preso em junho, é suspeito de outros crimes de estelionato e está sendo investigado em outros 16 casos.

Na operação conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA), um advogado e um ex-funcionário público foram presos nesta segunda-feira (17). Segundo o delegado Rossilio Souza, responsável pelo caso, o esquema envolvia a busca por máquinas agrícolas e tratores em várias cidades do Tocantins.

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O grupo comprava esses equipamentos com cheques previamente preparados para serem sustados e sem fundos. Em seguida, vendiam os itens por metade do preço. Enquanto as vítimas tentavam receber o pagamento, os golpistas enrolavam, deixando as vítimas esperando por meses. O áudio captado pela polícia revela uma negociação interna do grupo.

De acordo com as investigações, o advogado Carlos Alexandre Ferraz desempenhava o papel de coautor executor direto e era considerado o mentor intelectual dos estelionatos. Ele preenchia os cheques usados no crime e recebia quase metade do lucro do esquema. O outro preso, Thuhaarlenn Bonney Brasil Nunes Araújo, conhecido como “Brasil”, atuava como negociador direto com as vítimas e como segurança pessoal de Carlos Alexandre e Willian Trevizan, o mentor dos crimes.

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Prisão de ex-agente prisional durante operação da polícia Divulgação/Governo do Tocantins

Além de realizar compras online, o grupo também conseguia adquirir máquinas em concessionárias usando documentos falsos. Um dos golpes mais recentes, aplicado em uma concessionária, resultou em um prejuízo de R$ 780 mil no primeiro semestre deste ano.

As investigações ainda estão em andamento para identificar outros membros do grupo e possíveis receptadores dos tratores. O grupo cometeu crimes em várias cidades do estado do Tocantins, e até o momento foram abertos sete inquéritos policiais para investigar esse grupo em vários municípios do estado.