Polícia realiza operação contra quadrilha que invadia contas bancárias e ostentava luxo

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A organização criminosa utilizava malwares para acesso a contas bancárias onlines de clientes, apoderando-se de milhares de reais de vítimas em 23 estados brasileiros.Mandados de prisão e busca são cumpridos em Palmas e Goiânia.

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Uma operação foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (8) contra uma organização criminosa especializada em furto de valores em contas bancárias, por meio da internet. A investigação foi iniciada após a identificação de que clientes bancários de 23 Estados do país tiveram suas contas invadidas, com valores furtados e utilizados em transações ilícitas, como pagamentos e transferências em nomes de terceiros, em especial relacionados a boletos de tributos, a exemplo de ICMS e IPVA.

Segundo as investigações, Leandro Xavier Magalhães Fernandes figurava como líder da organização, utilizando o dinheiro proveniente de fraudes em contas bancárias online de clientes para pagamento de boletos e, especialmente, para envio a empresas administradoras de bitcons. Além disso, Leandro transferia para Luiz Augusto Magalhães Fernandes e, em Palmas, para Nilce Maria de Abreu Tavares, Reginaldo Alves de Carvalho Filho e, sua noiva, Danúzia Grasiela Sousa e Silva, grande parte dos valores furtados pela internet, em um valor estimado de R$ 5 milhões. Este montante servia para aquisição, além de outros, de veículos de luxo, como forma de lavagem.

A polícia acredita que em poucos meses, as transações geraram um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão à instituição bancária. Também foram encontrados indícios de que os investigados movimentavam valores que podem superar a casa dos  R$ 10 milhõe, considerando-se os altos valores transacionados em Bitcoins.

Os crimes eram praticados por meio de máquinas virtuais em serviços de nuvens, com servidores instalados no Brasil e em outros países. A suspeita é de que softwares maliciosos infectavam os dispositivos utilizados pelas vítimas para acesso ao internet banking, possibilitando que os criminosos tivessem a posse dos dados dos clientes.

A ação culminou na expedição de 5 mandados de prisão temporária, 7 mandados de busca e apreensão, 7 ordens de sequestros de veículos de luxo, assim como de imóveis, além do bloqueio de 1 milhão de reais nas constas bancárias dos suspeitos, que estão sendo cumpridos nos Estados do Tocantins e de Goiás.

A operação reuniu 60 policiais civis, dentre membros das Polícias Civis dos Estados do Tocantins, Goiás e São Paulo, e da Diretoria de Inteligência do Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

Fotos: Divulgação

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