Polícia investiga extorsão e ameaças contra empresário que forneceu cestas básicas durante a pandemia no Tocantins

Um outro empresário teria feito ameaças exigindo metade do valor do contrato. Supostas intimidações foram flagradas por câmeras de segurança.

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Supostas ameaças e uma tentativa de extorsão contra um empresário que fornece cestas básicas para a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) do Tocantins está sendo investigada pela Polícia Civil. A vítima seria José Gomes de Souza Neto, conhecido como Neto Gomes.

Segundo as investigações. os suspeitos foram identificados como o também empresário João Coelho Neto e Wolney Max de Souza, que a polícia acredita ser um cobrador de aluguel. Um terceiro envolvido ainda não foi identificado pela polícia.

As investigações apontam que o contrato entre a empresa da vítima e a Setas foi assinado em novembro de 2021 e prevê o fornecimento de 40 mil cestas básicas a famílias afetadas pela pandemia de Covid-19. Durante o depoimento, o próprio Neto Gomes disse que conseguiu o contrato por indicação do secretário de Administração do Tocantins, Bruno Barreto, de quem é amigo.

O governo do Tocantins ainda não se manifestou sobre o caso.

Em seu depoimento da vítima relata que na data que foi até a sede da secretaria para a assinatura do contrato, ele foi abordado por João Coelho Neto. O empresário adversário teria solicitado que Neto Gomes assinasse um documento dando a ele poderes para gerir o contrato e exigido 50% do valor total que seria pago pela secretaria. O pedido foi ignorado e foi então que as ameaças teriam tido início.

Foto: Reprodução

Neto Gomes afirma ter recebido ligações tanto no celular pessoal como no da esposa de João Coelho Neto. Alguns dias depois, em 7 de dezembro do ano passado, o empresário teria ido então até a sede da empresa da vítima. Na data, ele estava acompanhado de Wolney Max de Souza e do terceiro suspeito ainda não identificado.

A vítima relata ter sofrido ameaças e agressões. Durante a intimidação, ele teria sido ainda ameaçado de morte porque os agressores disseram estar armados. Diante toda a situação, ele decidiu denunciar o caso.

No começo desta semana, após a Justiça decretar a prisão dos envolvidos nas agressões, a Polícia Civil realizou uma operação para localizá-los. A Secretaria de Segurança Pública não divulgou detalhes sobre a operação e por isso não é possível saber se eles foram de fato localizados e nem o que foi apreendido com eles.