Três pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, suspeitas de integrarem um esquema de desvio de recursos públicos por meio de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do estado. Segundo informou a polícia em coletiva à imprensa, as investigações tiveram inicio no ano passado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e foram concluídas pela Delegacia de Combate a Corrupção, durante a 1ª fase da Operação Espectro. O esquema criminoso teria causado um prejuízo de R$ 173 mil aos cofres públicos.
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Os indiciados foram o advogado e ex-diretor Geral da Assembleia Legislativa, Antonio Ianowich, o ex-diretor de Modernização Tecnológica, Danilo Parente e o coordenador de Almoxarifado e Estoque, Flávio Negreiros Alves. De acordo com a Polícia Civil, o esquema seria para desviar dinheiro da Casa, e os detalhes da ação criminosa foram descobertos após a apreensão do celular de Danilo. Os investigadores tiveram acesso à conversa dele e dois demais suspeitos.
A polícia informou ainda, que no inquérito foi pedido a prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, suspensão de função pública, bloqueio de bens e condução coercitiva – quando os investigados são levados para depor – mas todos os pedidos foram negados pela Justiça.
No inquérito, a Polícia Civil aponta Antônio Ianowich como lide do esquema criminoso. Ele seria o responsável por encaminhar o decreto de nomeação do servidor fantasma, com data retroativa de 12 meses, bem como a inclusão em folha, pagamento retroativo, supressão e falsificação de documentos.
O ex-diretor também é acusado de dar comando ao coordenador de almoxarifado, apontado como operador do esquema, para intermediar e cooptar o funcionário fantasma. Este por sua vez, faria o envio da folha de frequência, o recolhimento da documentação e pegaria o dinheiro em espécie, cerca de R$ 90 mil.
O funcionário fantasma teria sido indicado para o cargo de diretor de Modernização Tecnológica. Com a nomeação, Danilo Parente recebeu mais de R$ 70 mil em um único pagamento, embora tenha sido nomeado e exonerado no mesmo dia. A nomeação aconteceu com data retroativa a 1° de janeiro de 2016.

Nos áudios que a polícia teve acesso, os suspeitos tentam criar uma versão para justificar a situação. “Vai ter que fazer um ofício informando para a Assembleia que caiu dinheiro na sua conta, que foi mais que o esperado e que está com o dinheiro guardado na conta para devolver. Coloca a data dia 5 de janeiro porque foi nomeado dia 1º de novembro. Não com quantidade que caiu. Passou a mais e você quer devolver”, Flávio Negreiros orienta Danilo Parente por meio de um aplicativo de celular.
O três foram indiciados pelos crimes de concussão (exigir vantagem indevida), peculato, falsidade ideológica, supressão de documentos, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Fotos: Divulgação
