Uma operação foi deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (16), para investigar fraudes no pagamento do Seguro-Defeso em Palmas. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital. De acordo com a corporação, os investigadores contabilizaram quase R$ 70 mil em recebimentos indevidos de parcelas. A ação foi chamada de Erva Daninha.

Ao todo, sete ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Palmas. A investigação é feita pela Polícia Federal e Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista no Tocantins. A operação busca encontrar provas e identificar pessoas que participaram das fraudes.

O Seguro-Defeso é um benefício pago pelo governo federal ao pescador artesanal, garantindo renda no valor de um salário mínimo mensal durante o período em que a atividade pesqueira é proibida para a manutenção da preservação das espécies, como no caso da piracema.

Os investigadores da PF descobriram que criminosos estavam atraindo moradores para cederem seus dados pessoais e bancários. As informações eram utilizadas de forma indevida para dar entrada no benefício. Os criminosos ainda conseguiam utilizar senhas gerenciais do sistema do benefício e regularizar as pendências, autorizando os pagamentos.

A polícia agora tenta identificar as pessoas que tiveram envolvimento e como foram obtidas as senhas de acesso gerencial ao sistema. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato majorado, falsidade ideológica e associação criminosa. As penas somadas podem chegar a quase 20 anos de prisão.

O nome da Operação se refere a pragas que se alastram com facilidade e têm difícil controle. Ainda segundo a PF, o crime vem sendo cometido em diversos estados e os valores desviados podem chegar a milhões em todo país.

Em 2020 a Polícia Federal também cumpriu mandados em outra operação para combater fraudes no pagamento do benefício Seguro Defeso em Palmas. Na época, a estimativa era de R$ 800 mil em pagamentos irregulares. A ação foi chamada de Operação Traíra.