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Nas buscas por pelo menos três suspeitos de integrarem grupo que atacou cidade em Mato Grosso e que se escondem no Tocantins, policiais da Operação Canguçu encontraram espigas milho e sapatos velhos. Os itens teriam sido deixados pelos criminosos na região de Pium, nas proximidades do povoado Café da Roça.
Os itens foram encontrados na sexta-feira (5) e a Polícia Militar (PM) acredita que os suspeitos estão se alimentando com o milho que pegam em plantações da região. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para suplementação na alimentação de bovinos.
A Operação entrou no 26º dia neste sábado (6). Mais de 350 policiais civis e militares do Tocantins, Pará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais fazem parte das equipes, que ainda conta com drones, helicópteros e cães treinados para buscas.
Até o momento 15 pessoas morreram durante trocas de tiros nos confrontos. Do total, 14 corpos foram identificados e entregues às famílias e um está no IML de Araguaína aguardando identificação. Além disso, dois suspeitos foram presos no cerco policial.
A Polícia Civil não divulgou a identificação dos suspeitos mortos. A maioria dos criminosos é do estado de São Paulo, mas também há integrantes do Maranhão, Pernambuco, Goiás e Pará. De acordo com as forças de segurança, os criminosos estavam escondidos na mata e usavam nos pés sacos de fibras sintéticas como estratégia para andar pela mata sem deixar rastros.
Segundo a PM, as buscas vão continuar na região dos municípios de Pium, Marianópolis, Caseara e região até que todos os suspeitos sejam localizados.
Grupo especializado em fiscalizar fronteiras ajuda nas buscas
Entre os reforços que estão compondo as forças de segurança da Operação Canguçu, que busca por criminosos suspeitos de atacar a cidade de Confresa (MT) e fugir para o Tocantins, está o Grupo Especial de Fronteira (Gefron). A equipe é especializada em fazer buscas por traficantes que atuam nas divisas do estado vizinho.
De acordo com o coordenador do Gefron, tenente-coronel Manoel Bugalho Neto, os policiais são responsáveis por fazer buscas nas matas e nos campos a fim de interditar a rota de tráfico e com a atuação, ajudam a traçar os locais onde os bandidos podem estar.
“Com essa expertise, nesses quase 30 dias de operações, eles estão no Tocantins junto às demais forças de segurança fazendo esse trabalho. Diuturnamente eles fazem buscas através de técnicas e equipamentos especializados também que determinam quais os possíveis locais onde os bandidos estão escondidos”, explicou o tenente-coronel.
Além de enviar integrantes, a operação recebeu o reforço de equipamentos que monitoram pessoas e ambientes.
“Enviamos também equipamentos de última geração, que foram recebidos pelo estado de Mato Grosso, que facilitam a identificação de pessoas e cenários nos diversos ambientes”, reforçou o coordenador do Gefron.
As forças estão em busca de pelo menos três fugitivos. Desde o início da operação, em 10 de abril, 15 criminosos morreram em confronto com policiais e dois foram presos.
Operação
As buscas no Tocantins começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais.
Os confrontos voltaram a se intensificar durante o último fim de semana até terça-feira (2), quando os criminosos se aproximarem da zona urbana de Marianópolis. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores.
As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades.
Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, milhares de munições, coletes à prova de bala, coturnos e outros materiais. Até um fuzil que pertence à Polícia Militar de São Paulo foi encontrado em poder dos bandidos.