Polícia Civil mira grupo suspeito de clonar telefones e invadir perfis no Instagram

Mandados foram cumpridos em ação conjunta das polícias dos estados do Tocantins e São Paulo. Grupo clonava celulares das vítimas e usava contas para cometer fraude e estelionato em todo país.

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Um grupo suspeito de clonar telefones e invadir contas em redes sociais foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Tocantins nesta quinta-feira (30). Segundo a corporação, após obter controle sobre as contas das vítimas, principalmente no Instagram, os criminosos praticavam crimes como estelionato e extorsão. A operação foi chamada de Paralela.

Durante a manhã desta quinta foram cumpridos 14 mandados judiciais, sendo três prisões temporárias e 11 buscas em endereços de suspeitos em São Paulo (SP). A investigação é coordenada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) de Palmas e contou com apoio da polícia de São Paulo.

De acordo com o delegado Lucas Brito Santana, chefe da DRCC, os criminosos invadiam principalmente perfis em redes sociais, sobretudo no Instagram. As vítimas eram, preferencialmente, profissionais dos segmentos da saúde e estética de diversas regiões do Brasil e com muitos seguidores.

Durante a operação foram apreendidos cartões bancários, chips, possíveis documentos falsos, aparelhos celulares, computadores e outros objetos.

A investigação

A operação é um desdobramento de investigações que tiveram início no mês de outubro de 2021, quando uma vítima de Palmas perdeu o controle do seu número de telefone. Os criminosos alteraram as credenciais e acabaram acessando todas as contas em redes sociais.

A polícia descobriu que a organização criminosa é especializada em ataques conhecidos como “SIM Swap”, que consiste na transferência fraudulenta das linhas telefônicas das vítimas para chips de celular mantidos sob controle de criminosos.

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As fraudes sempre eram realizadas com objetivo de obter vantagens econômicas. Após tomar o controle da linha, o grupo praticava outros crimes virtuais como invasão de dispositivo, estelionato mediante postagens de vendas por produtos fictícios no perfil invadido e extorsão com cobrança de resgate pelas contas.

Os suspeitos também praticavam crime de falsa identidade, pois assumiam a identidade das vítimas em redes sociais, inclusive trocando mensagens com seguidores. Também há indício dos crimes de lavagem de capitais e falsificação de documentos públicos.

*Com informações do G1