PM que teve corpo devorado por cães em Goiás tinha sido baleado na cabeça, diz polícia

Caso, que aconteceu em Pirenópolis,, havia sido registrado como possível mal súbito e passou a ser investigado como homicídio. Laudo pericial apontou que tiro foi disparado de forma frontal.

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O policial militar Clédio Vilela Cardoso, de 53 anos, foi baleado na cabeça antes do corpo dele ser devorado por cães em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal (DF). Segundo o delegado Tibério Martins, responsável pelo caso, o laudo pericial revelou que o tiro foi disparado de forma frontal, levando a investigação, inicialmente tratada como um possível mal súbito, a ser reclassificada como homicídio.

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“O laudo indica claramente um tiro frontal na cabeça. Agora, estamos investigando o caso como homicídio e procurando possíveis envolvidos para responsabilização criminal,” afirmou o delegado.

A ossada de Clédio foi encontrada em 12 de abril deste ano na zona rural de Pirenópolis. Na época, foi informado que o policial havia se mudado para uma fazenda após a perda de seu filho em 2019, enquanto enfrentava o luto. Ainda não foi esclarecido se o tiro foi a causa da morte ou se o disparo ocorreu após o óbito.

Tibério destacou as dificuldades da investigação, devido ao fato de o crime ter ocorrido em uma área remota. “É um crime complexo. Aconteceu na zona rural, longe de testemunhas e de câmeras de segurança. Não temos cobertura de imagens naquela localidade,” explicou o delegado.

Com a suspeita de homicídio em foco, a investigação agora busca identificar possíveis autores e motivações. “Esperamos identificar as pessoas envolvidas o mais rápido possível e garantir a responsabilização criminal.”

Hipótese de Mal Súbito

Antes da revelação do laudo pericial, a Polícia Civil trabalhava com a hipótese de que Clédio teria morrido devido a um mal súbito. De acordo com o delegado, a ossada foi encontrada caída no chão, ao lado de uma mesa, na área externa da fazenda.

PM morre e tem o corpo devorado pelos próprios cães em Goiás
Foto: Divulgação/Polícia Civil

“Na mesa havia um caderno com anotações e a chave do carro. Provavelmente, ele teve um mal súbito e caiu da cadeira,” afirmou o delegado na época.

Tibério Martins também mencionou que Clédio criava cães na fazenda, que estavam sem alimento há cerca de duas semanas.