PF faz operação em Porto Nacional contra esquema que tentou fraudar revalidação de diploma de medicina

Policiais federais cumpriram mandado de busca expedido pela 4ª Vara federal. Estudante que tentou fraude cursou medicina na Bolívia e teria pago R$ 100 mil para fraudadores.

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Policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (23) em Porto Nacional, durante uma operação para investigar um esquema de falsificação de diplomas de curso superior. A investigação apontou que o grupo conseguiu fraudar assinaturas e carimbos de uma universidade federal para tentar revalidar um diploma de medicina do exterior.

Segundo a Polícia Federa, o estudante envolvido na fraude teria pagado R$ 100 mil para fraudadores. O mandado foi expedido pela 4ª Vara federal contra um suspeito que teria recebido grande soma de valores no suposto esquema criminoso. A ação foi chamada de Operação Diploma do crime.

De acordo com a corporação, a investigação teve início após uma pessoa tentar revalidar seu diploma de medicina, através do método simplificado, perante o Conselho Regional de Medicina do Tocantins.

“Após investigação foi realizada por um ano e meio chegou-se que só nessa negociação foram envolvidos mais de R$ 100 mil. Partimos agora para uma nova fase da investigação que é desmantelar a organização criminosa que provavelmente deve ter conseguido revalidar uma dezena, talvez uma centena de outros diplomas fraudulentamente”, comentou o delegado Thiago Thiago Scarpellini.

Os investigadores apuraram que a pessoa tinha cursado medicina em Cochabamba, na Bolívia. No entanto, com a ajuda de terceiros, tentou burlar o revalida, apresentando documento de revalidação que teria sido emitido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Só que o documento seria falso e a pessoa nunca teria frequentado a instituição.

A fraude foi cometida usando carimbos e assinaturas do reitor e do diretor da UFPE, que não foram reconhecidos pela instituição de ensino. A PF informou que o esquema criminoso foi desvendado e agora busca-se definir o possível envolvimento de outras pessoas e verificar se outras fraudes semelhantes foram praticadas.

Os envolvidos podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, uso de documento falso e estelionato. As penas somadas podem ultrapassar 15 anos de reclusão.