Pedido de liberdade de pai de deputado investigado no escândalo do lixo é negado

O ex-juiz eleitoral João Olinto teve a prisão preventiva determinada no dia 12 de novembro e é considerado foragido.

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O pedido de habeas corpus solicitado pelo ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto foi negado pelo desembargador José de Moura Filho. O ex-juiz  é pai do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e está com a prisão decretada pela Justiça porque é investigado por envolvimento com o galpão encontrado com quase 200 toneladas de lixo hospitalar em Araguaína, norte do Tocantins. Ele teve a prisão preventiva determinada no dia 12 de novembro e é considerado foragido.

O escândalo do lixo hospitalar ganhou notoriedade após um galpão foi encontrado no distrito agroindustrial com 200 toneladas de material descartado de forma imprópria. Entre o lixo estavam sacos com gases, luvas, injeções e outros materiais.

A responsável pelo lixo é a empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, contratada sem licitação pelo Governo do Estado para coletar o lixo em 13 hospitais públicos. O valor do contrato é superior a R$ 500 mil por mês. No galpão deveria funcionar duas empresas cadastradas no nome do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB).

Foragido

João Olinto está foragido da justiça e é apontado pela polícia como sócio oculto da empresa Sancil. Durante o cumprimento do mandado de prisão, o ex-juiz conseguiu fugir por uma mata nos fundos do hotel. A polícia também fez buscas no escritório dele e encontrou o local todo revirado e sem alguns equipamentos.

Duas funcionárias de João Olinto também estão com a prisão decretada: Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Souza Martins. Elas aparecem como sócias da empresa e são acusadas de crime ambiental e organização criminosa.

Suspensão do contrato

A Polícia Civil informou que o lixo encontrado no galpão saiu do Hospital Regional de Araguaína e de outros hospitais estaduais. Após o escândalo, a secretário de Saúde do Tocantins, reconheceu que a empresa não tinha capacidade técnica para o trabalho. Com isso, o Estado suspendeu o contrato com a Sancil e chamou outra empresa para recolher o lixo dos hospitais em caráter emergencial.

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