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O Padre Ricardo Campos Pereira, 45 anos, foi preso em Goiânia, em Goiás, em cumprimento de mandato de prisão temporária. Ele é suspeito de estuprar um jovem em Nova Crixás, no norte goiano. Segundo consta no processo judicial, o pároco teria pegado no órgão genital da vítima e usado droga para dopá-lo.
Ricardo Campos Parreiras tinha mandado de prisão em aberto, e foi capturado no último dia 14, na capital goiana. A ordem de prisão temporária dele foi decretada pela juíza Mariana de Queiroz decretou a prisão temporária dele no dia 8 de julho.
Vítima tinha 18 anos na época do crime. Hoje com 23 anos, Ele contou que demorou para fazer a denúncia porque tinha receio da repercussão do caso. Conforme o rapaz, o padre era conhecido de seu avô, que nem desconfiava do suposto crime.
A Arquidiocese de Goiânia informou que o padre pertence à Diocese de Miracema do Tocantins e estava na capital acompanhando a saúde da mãe. Consultado, o bispo Philip Eduard Roger Dickmans, responsável pela diocese de Miracema, preferiu não se pronunciar sobre o caso.
O pároco está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana.
Hospedagem
O estudante que fez a denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro contou à polícia que o estupro aconteceu em fevereiro de 2017. O jovem relatou que o abuso aconteceu durante viagem com o avô para trabalho missionário em Nova Crixás. Ele teria conhecido o padre ao chegar à cidade goiana e, assim como seu avô, ficou hospedado na casa do pároco por cinco dias.
O jovem disse ainda que sentou em uma ponta do sofá e o padre na outra. Dessa forma, ficaram fisicamente afastados. Durante a conversa, segundo o rapaz, o pároco começou a abordar temas sexuais.
“Eu estava incomodado com o assunto. Ele percebeu e me ofereceu um suco de uva. Fiquei na dúvida porque sou bem pé a trás com tudo, mas aceitei. Enfim, era um padre, não desconfiei no momento. Ele colocou alguma droga no suco”, relatou
O jovem disse também que quando a suposta droga começou a fazer efeito, o padre iniciou a aproximação física. O rapaz relata que ele pegou três vezes em seu órgão genital e depois o mandou ir para o quarto, com a ressalva de deixar a porta trancada.
“Só lembro de acordar no outro dia com a calça folgada e todo molhado. Até tranquei a porta, mas acho que ele tinha uma cópia da chave. Nos dias seguintes, senti muita dor. Tenho certeza que fui drogado e estuprado por ele”, relatou.
Como o padre é conhecido do avô do jovem, os dois chegaram a se reencontrar no Rio de Janeiro, em 2019. “Fui até a casa do meu avô, sem saber que ele estava lá, e o reencontrei depois de dois anos do estupro. Ele veio até me pedir desculpa por ter tocado no meu órgão genital. Como ele é uma figura influente, fiquei com medo de ele fazer algo contra a minha família, mas tomei coragem e o denunciei”, conta.
Com informações do G1