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Um paciente recebeu uma orientação inesperada durante internado no Hospital Regional de Porto Nacional. Uma das funcionárias da unidade entregou aos familiares um jogo com lençóis e disse que não havia mais colchões disponíveis na unidade. Segundo os parentes, ela disse que o paciente deveria se deitar no estrado de ferro da cama coberto apenas com o lençol.
O caso aconteceu neste sábado (29). Indignados, os parentes denunciaram o atendimento do caso nas redes sociais. “Paciente acabou de dar entrada aqui para deitar no lençol, no ferro”, reclamaram.
A Secretaria de Estado da Saúde negou a falta de colchões e alegou que a situação ocorreu após uma servidora do hospital se recusar a fazer a montagem do leito. O órgão afirma que há estoque de colchões disponíveis e que o caso foi resolvido assim que a enfermeira que estava responsável pelo plantão soube do ocorrido e providenciou as acomodações.
Por meio de nota, a pasta informou que o caso está sendo apurado e “as pessoas diretamente responsáveis pelo ocorrido responderão aos órgãos competentes”. Disse ainda que a direção da unidade entrou em contato com a família para apresentar as explicações sobre o caso. A nota não explica qual teria sido o motivo da recusa da funcionária e nem qual a doença para o qual o paciente receberia atendimento em Porto Nacional.
Não é o primeiro caso recente de paciente que sofre uma internação em condições inadequadas em hospitais do Tocantins. Em Pedro Afonso, no centro norte do estado, o idoso Francisco Pereira, de 68 anos, morreu sentado em uma cadeira no fim de julho. Ele estava com coronavírus e aguardava transferência para um leito de UTI.
A mesma situação foi registrada em Palmas, quando Edilma da Silva Goulart, de 49 anos, morreu em uma unidade de pronto atendimento esperando para ser atendida em uma unidade de alta complexidade. A Justiça chegou a determinar a transferência dela, mas o óbito ocorreu antes que o novo leito fosse providenciado.
O próprio Regional de Porto Nacional também foi alvo de decisões judiciais recentes por causa dos problemas estruturais. Nesta semana, o Tribunal de Justiça deu prazo de 20 dias para a SES instalar dez leitos clínicos e três vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no local.
*Com informações do G1