Paciente com Covid-19 agora promete cumprir isolamento após justiça impor multa de até R$ 500 mil

Morador de Aurora do Tocantins divulgou áudio dizendo que se fosse morrer levaria 'um bocado'. Ele alega que estava nervoso e por isso ameaçou descumprir quarentena.

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O morador de Aurora do Tocantins que se recusava a cumprir a quarentena após contrair a Covid-19 e, até chegou divulgar áudios, mudou de postura após a Justiça determinar uma multa que podia chegar a R$ 500 mil. Nas novas mensagens, o homem de 45 anos disse que fez os primeiros áudios em um momento de nervosismo e que só vai sair de casa quando estiver curado.

‘Amigo, pode ficar tranquilo, que aqui… no começo a gente tava meio estressado, mas agora já acalmei. Aqui nós vamos… se precisar ficar 30 dias, nós fica; se precisar ficar 40 dias, nós fica. Eu só saio daqui depois que falar: tá sarado. Não saio nem pra rua e nem vou lá pra casa. E depois que eu sair e se recuperar eu vou ficar mais ou menos uns 10 dias sem ir lá na roça [SIC]’,

Diz ele. A roça citada no áudio seria uma casa na zona rural da cidade onde os pais dele, dois idosos, moram.

O caso ganhou repercussão porque o paciente, havia enviado áudios em que ameaçava até infectar outros moradores com a doença.

‘Eu, pra mim, tanto faz morrer como não. Morrer só eu não vou. Eu levo logo um bocado comigo para a baixa da égua. Vai tudo pros inferno afora [SIC]’.

Afirmou nas primeiras mensagens.

‘Eu discuti com todo mundo, com polícia, o que vier, com saúde. Vai tudo pros infernos[SIC]’,

Disse em outro.

 

O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público Estadual, que conseguiu uma ordem judicial na segunda-feira (11) para o isolamento obrigatório do homem. A multa diária caso ele descumpra a medida é de R$ 10 mil por dia até o limite de R$ 500 mil. Todo o dinheiro será revertido para as ações de combate a doença.

Se descumprir ele também vai responder criminalmente pela desobediência da medida sanitária e por colocar a vida de outras pessoas em risco. Somadas, as penas podem chegar a cinco anos de prisão.

Na decisão o juiz Alan Ide Ribeiro lembrou que a cidade não tem estrutura de saúde adequada para o tratamento de um grande número de casos da doença.