Pablo Escobar, filho de Policial Militar, é morto a tiros no Pará

Crime aconteceu em Belém. Investigação aponta, que a vítima estaria recebendo ameaças.

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Pablo Escobar Neves Gonçalves, filho do cabo reformado da Polícia Militar Otacílio José Queiroz Gonçalves, conhecido como “Cilinho”, foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira (25) no bairro da Cremação, em Belém. A vítima já vinha recebendo ameaças e havia sobrevivido a outras tentativas de assassinato.

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Pablo Escobar estava na esquina da rua São Miguel quando foi abordado pelos criminosos. O passageiro de uma moto preta desceu, sacou uma arma e disparou contra ele. Mesmo ferido, Pablo conseguiu correr e tentou se abrigar na casa de sua namorada, na passagem São Jorge II. No entanto, o agressor o perseguiu até dentro da residência e fez diversos disparos.

Testemunhas relataram ter ouvido mais de 10 tiros. Após o crime, os suspeitos fugiram em direção à travessa 14 de Abril. Moradores tentaram socorrer Pablo, mas ele não resistiu e morreu no local.

A Polícia Civil confirmou que a vítima vinha sendo ameaçada e havia sofrido tentativa de homicídio. A Polícia Científica recolheu vestígios tanto na rua quanto dentro da casa para auxiliar nas investigações, enquanto as equipes das Polícias Civil e Militar colheram depoimentos de familiares e testemunhas.

A perícia também confirmou que Pablo Escobar foi atingido primeiro na passagem São Jorge, com base nos rastros de sangue encontrados no local. Ele foi atingido por pelo menos oito tiros de um revólver calibre .40, sendo alvejado na cabeça, tórax e pernas. A maioria dos disparos foi feita à distância, exceto um tiro próximo à cabeça, que pode ter sido o golpe final. A casa também apresentava marcas de tiros.

Cilinho

Otacílio José Queiroz Gonçalves, conhecido como “Cilinho”, foi um ex-policial militar acusado de integrar a milícia “Irmãos de Farda” e de estar envolvido em execuções nos bairros da Terra Firme e Guamá, em retaliação à morte do cabo Marco Antônio Figueiredo, o “Pet”, em 2014. Após a morte de Pet, que era membro da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana da Polícia Militar (Rotam), 11 jovens foram assassinados em bairros periféricos de Belém.

Em 2015, Cilinho foi condenado a 29 anos de prisão por homicídio qualificado, formação de quadrilha e crimes relacionados ao sistema nacional de armas. No entanto, sua defesa conseguiu que ele aguardasse o julgamento dos recursos em liberdade, inclusive alegando insanidade mental. Antes da decisão final, Cilinho foi assassinado no bairro do Guamá, em 23 de abril do ano passado.