O ex-secretário da Saúde do Tocantins, o médico Arnaldo Alves Nunes, é o alvo de mais uma fase da operação Cartase, realizada na manhã dessa terça-feira (19). Conforme as investigações, o profissional, que é servidor efetivo do estado desde de julho de 1994, não aparece para trabalhar, mas mesmo assim continua recebendo normalmente o salário bruto de cerca de R$ 32 mil.
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Os policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão na casa e nos locais onde o médico trabalha em Araguaína.
De com a policia, Arnaldo Alves foi presidente da Federação das Santas Casas Hospitais Filantrópicos e Entidades Beneficentes do Tocantins e, atualmente está lotado no Gabinete do secretário da Saúde em Palmas.
Ainda segundo as investigações, mesmo com todas as funções, o médico ainda exerce o cargo de diretor técnico do Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína.
As investigadores apontam que o prejuízo aos cofres públicos pode passar de R$ 1 milhão, além do dano causado à saúde pública do estado, que sofre com a falta de médicos nos hospitais públicos.
Para a Polícia Civil o vínculo trabalhista com o hospital e a ausência na prestação do serviço público, configura o crime de peculato, quando a pessoa se apropria do dinheiro público em razão do cargo que ocupa. A pena é de dois a 12 anos de prisão cumulada com a perda do cargo.
O Governo do Tocantins e nem o ex-secretário se manifestaram sobre o assunto.
Alvo de operação da PF
O médico Arnaldo Alves foi um dos alvos da 2ª fase da operação Marcapasso da Polícia Federal, em 2017. Na época, ele foi preso suspeito de participar de um esquema de corrupção de fraude em licitações na compra de órteses, próteses e materiais especiais.
A PF também apurou a reutilização de materiais em vários procedimentos. Conforme a decisão que autorizou as prisões, o Hospital Dom Orione, teria utilizado até dez vezes as mesmas notas fiscais de materiais reutilizados para receber mais dinheiro do SUS, como se os itens fossem novos.
