Operação mira especialista em explosivos, empresário e esposa de assaltante por darem apoio em roubo a bancos

Ação cumpriu mandados de prisão e buscas contra investigados por invasões de agências em Divinópolis e Dois Irmãos do Tocantins, em 2022.

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Uma operação da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira (20), tem como alvos um especialista em explosivos, um empresário com diversos mandados de prisão, e a esposa de um dos assaltantes, além de outros investigados por tráfico de drogas.

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Cerca de 80 policiais participaram da operação, cumprindo 13 mandados de busca e apreensão e seis ordens de prisão temporária em Palmas, Divinópolis, e Tocantínia.

As investigações apontam que os seis suspeitos detidos têm ligação com um grupo responsável por dois assaltos a agências bancárias em Divinópolis e Dois Irmãos do Tocantins, ocorridos em 2022. Na ocasião, outros seis suspeitos, que haviam feito reféns, foram mortos em confronto com a polícia.

O Ministério Público do Tocantins apresentou ao juiz Marco Antônio da Silva Castro, da 1ª Escrivania Criminal de Miranorte, diversas evidências que embasaram os pedidos de prisão.

Entre os investigados está um empresário acusado de organizar os assaltos e fornecer armamento aos criminosos. O MP destacou o crescimento patrimonial do suspeito, que investiu em negócios variados, incluindo imóveis e veículos. O empresário já foi alvo de outras operações, sendo preso em 2016 durante a operação Gungnir, que resultou na apreensão de 12 kg de drogas, mais de R$ 20 mil em dinheiro, e outros objetos.

Além disso, o empresário é investigado por suspeita de estupro de vulnerável contra sua própria filha e por apropriação de veículos devido a débitos.

Outros Investigados:

  1. Especialista em explosivos: Um dos investigados, com uma condenação de 29 anos de prisão, é especialista em invasões utilizando explosivos. Um veículo relacionado ao crime foi visto em sua residência.
  2. Mulher envolvida no tráfico de drogas: Outra investigada, envolvida no tráfico desde os 17 anos, mantinha um relacionamento com um dos criminosos mortos pela polícia em 2022. Ela teria conseguido uma certidão de união estável com ele enquanto ele ainda estava preso.
  3. Olheiro e distribuidor de drogas: Um dos suspeitos foi visto na casa de um dos organizadores dos assaltos e atuava como olheiro, além de distribuir drogas para o grupo.
  4. Motorista de fuga: Outro suspeito dirigiu uma das caminhonetes usadas no assalto ao banco de Divinópolis e auxiliou na invasão da agência em Dois Irmãos.
  5. Interlocutor: O sexto investigado atuava como intermediário entre os envolvidos nos crimes e foi visto nas casas dos suspeitos antes e depois dos assaltos.

Os investigados, que não tiveram os nomes divulgados, poderão responder por crimes como organização criminosa, roubo com uso de arma de fogo, roubo em grupo, sequestro, e uso de explosivos. Se condenados, as penas podem superar 28 anos de prisão.

Operação

A Operação Embrião mobilizou cerca de 80 policiais para cumprir 13 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em Palmas, Divinópolis, e Tocantínia. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Miranorte e executados pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), composta pelas Polícias Federal, Civil, Militar e Penal do Tocantins.

Os presos foram levados para Unidades Penais Regionais, onde permanecerão à disposição da Justiça.

A operação recebeu o nome “Embrião” em referência ao início da cooperação entre os órgãos de segurança pública para investigar, reprimir e prevenir crimes de roubo, especialmente nas modalidades conhecidas como “novo cangaço” e “domínio de cidades,” praticadas no interior do estado.