Operação da PF mira suspeito de falsificar certidão de imóvel em Palmas para conseguir financiamentos de mais de R$ 1 milhão

Investigações apontam que após o financiamento o homem teria aplicado o dinheiro para fins pessoais, o que é proibido por lei. Polícia investiga participação de servidores públicos nas fraudes.

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Uma operação da Polícia Federal foi deflagrada nesta terça-feira (17), para investigar um homem, de nome não informado, suspeito de falsificar a certidão de registro de um imóvel, localizado na zona rural de Palmas, para conseguir dois financiamentos rurais. Segundo os investigadores, os valores atualizados somam mais de R$ 1 milhão.

Chamada de operação Grilos do Cerrado, a ação cumpre um mandado de busca e apreensão expedido pela 4ª Vara Federal de Palmas. O objetivo é colher provas de outros fatos criminosos.

De acordo com a PF, o imóvel usado para conseguir o financiamento não pertence ao investigado. Para conseguir o dinheiro, ele teria falsificado a certidão de registro, colocando-a em seu nome. As investigações começaram no final de 2019. Segundo a PF, após o recebimento dos financiamentos, o investigado usou os valores para objetivos pessoais, o que também é proibido pelas leis brasileiras.

Além disso, há possibilidade do envolvimento de servidores públicos nas fraudes, fato esse que ainda está sob investigação, conforme disse a polícia.

Ainda de acordo com a PF, os envolvidos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato majorado, falsificação de documento público, e aplicação diversa da prevista no contrato, com penas que somadas podem ultrapassar 15 anos de reclusão.

O nome da Operação “Grilos do Cerrado” faz alusão a emblemática forma que grileiros envelheciam os documentos. A documentação era envelhecida com ajuda de grilos, já que ao colocar os papéis dentro de uma caixa com os insetos, tornava o documento com aspecto antigo.

A corporação destacou também que razão da pandemia causada pela COVID-19, foi adotada logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.