Operação contra grupo que aterrorizou cidade de MT completa 2 semanas com 7 mortos e 2 presos

Cerco montado com cerca de 350 policiais continua na região oeste do Tocantins.

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A operação Canguçu, montada para capturar criminosos que fugiram para o Tocantins após invadir a cidade de Confresa (TO), completa duas semanas, nesta segunda-feira (24). As buscas pelo grupo começaram no dia 10 de abril. Os balanços divulgados pela polícia até agora apontam que sete suspeitos foram mortos e dois presos, após confrontos com policiais. Armas e milhares de munições foram apreendidas.

Durante essas duas semanas, a força-tarefa mobilizou cerca de 350 policiais de cinco estados, três helicópteros, embarcações, drones e cães farejadores.

Veja abaixo a ordem cronológica da fuga, dos confrontos e do cerco policial que segue em uma área extensa, nos municípios de Pium, Marianópolis e Araguacema.

Domingo (9)

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  • Um grupo de criminosos armados com fuzis invadiu o quartel da Polícia Militar em Confresa, rendeu policiais dentro da base militar e ateou fogo no prédio.
  • Durante a invasão, eles explodiram um carro. Telhados de residência, além de uma igreja, ficaram destruídos por causa dos explosivos.
  • Os criminosos seguiram para a sede da Brinks, empresa de transporte de valores. Lá, eles também explodiram as paredes do prédio. Segundo a empresa, nada foi levado.
  • O bando espalhou alguns explosivos pela cidade, mas foram desativados. Alguns veículos usados durante a invasão também foram encontrados abandonados em áreas indígenas.
  • Durante a ação, uma pessoa foi baleada, mas está fora de perigo.
  • Policiais de MT começaram as buscas pelos criminosos e o governador, Mauro Mendes (União), pediu apoio da PM de outros estados para ajudar na operação de busca pela quadrilha.

Segunda (10)

terror no mt
  • O grupo entrou no Tocantins pelo rio. Segundo a polícia, havia embarcações já preparadas para a fuga. Eles percorreram o rio Araguaia e o rio Javaés, até chegarem ao município de Pium, região da Ilha do Bananal.
  • O grupo desembarcou perto do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e afundou embarcações para não deixar rastros.
  • Na tarde de segunda, policiais da Patrulha Rural, que faziam ronda pelo município de Pium, se depararam com o grupo criminoso e trocaram tiros. Esse foi o primeiro confronto. Os suspeitos estavam fortemente armados e se dividiram em dois grupos. Os policiais tiveram que recuar após a munição acabar.
  • Um dos grupos foi até a fazenda Agrojan e fez uma família refém. Além disso, roubou veículos da propriedade rural. Ao perceberem a chegada da polícia, eles liberaram a família e fugiram.
  • Reforços do Tocantins foram enviados para ajudar nas buscas. A polícia fez um cerco e houve mais um confronto.
  • Turistas estrangeiros e funcionários que estavam na região do Projeto Canguçu precisaram ser retirados com apoio da polícia naquela tarde, por causa dos confrontos.
  • Durante a noite, as equipes policiais tiveram o terceiro confronto com os criminosos, por volta das 19h. Um dos suspeitos foi atingido e morreu no local.

Terça-feira (11)

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  • Policiais do Mato Grosso, Goiás e Pará foram enviados para a região com o objetivo de reforçarem as buscas. Uma base foi montada pela força-tarefa na sede da fazenda Agrojan. O trabalho tem o apoio de aeronaves e embarcações.
  • Durante as buscas, os policiais conseguiram prender Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos.
  • A polícia apreendeu metralhadoras capazes de abater um helicóptero; um fuzil 762; milhares de munições; capacetes e coletes balísticos, além de um motor de popa e gasolina.

Quarta-feira (12)

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  • No terceiro dia de perseguição aos criminosos, a PM do Tocantins recebeu reforços de Minas Gerais. Com isso, quatro estados estão envolvidos nas buscas.
  • Um segundo integrante do grupo criminoso morreu após confronto com a polícia, na zona rural de Marianópolis do Tocantins próximo do povoado Cocalim. Essa região está dentro do perímetro estabelecido pela polícia. O suspeito foi identificado como Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos.
  • Equipes seguem no local na tentativa de prender os outros suspeitos.

Quinta-feira (13)

  • O quarto dia de buscas continuou na zona rural de Pium. A força-tarefa foi reforçada com mais duas aeronaves e 14 militares especialistas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar de Minas Gerais.
  • Vídeos publicados nas redes sociais mostraram policiais sobrevoando a Ilha do Bananal em helicóptero e percorrendo rios em canoas, durante caçada.
  • Pelas imagens, é possível ver que a ilha é extensa, cercada por vegetação nativa e uma mata fechada, o que dificulta ainda mais o trabalho da equipe.

Sexta-feira (14)

O comandante da PM, Márcío Barbosa, foi até a região onde o cerco foi montado. Ele informou que os policiais só deixarão a ilha quando todos os criminosos forem capturados.

Sábado (15)

  • Policiais trocaram tiros com criminosos na divisa do Tocantins com o estado do Pará. Não há confirmação de possíveis mortes ou prisões.
  • Após a troca de tiros, o bando teria fugido da região, que fica perto de uma perto de uma grande fazenda.

Domingo (16)

O governador do Tocantins visitou o Posto de Comando da Operação Canguçu.

Segunda-feira (17)

  • Na última segunda-feira, a operação completou uma semana. Até aquele momento, dois suspeitos tinham sido mortos e um preso, após confrontos com policiais.
  • O prefeito de Marianópolis, Isaias Piagem (DEM), publicou um decreto suspendendo as aulas, o atendimento médico e transporte de moradores da zona rural. A medida foi adotada para garantir a segurança dos moradores, durante a operação.
  • Granadas, armas e municções foram apreendidos nas áreas de confronto da caçada. Entre o material estavam fuzis calibre 50 com alto poder de destruição, munições e materiais explosivos.

Terça-feira (18)

  • Delegado Evaldo Gomes, chefe da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Palmas informou que as munições apreendidas na operação são comuns em guerras e de uso restrito das Forças Armadas.

Quarta-feira (19)

  • Quatro suspeitos morreram em confronto com policiais, na sede da fazenda Vale Verde, zona rural de Pium. No loca, policiais apreenderam quatro fuzis que eram usados pelo grupo.

Quinta-feira (20)

  • Em Pium, uma equipe de saúde precisou ser escoltada para socorrer um paciente em estado grave por suspeita de chikungunya.

Sexta-feira (21)

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  • Uma viatura da Polícia Militar do Tocantins, que fazia buscas pelos criminosos, capotou na zona rural de Pium. Quatro policiais ficaram feridos. Um deles ficou em estado grave e precisou ser encaminhado de helicóptero para Palmas. Ele foi encaminhado para a UTI do Hospital Geral de Palmas. A suspeita é de contusão pulmonar com acúmulo de líquido dentro do pulmão.
  • Um suspeito de participar do ataque a cidade de Confresa (MT) foi preso pelo Batalhão de Polícia Militar Rodoviário e Divisas (BPMRED). O homem de 40 anos, foi capturado enquanto tentava sair da área de cerco, no interior do Tocantins, em um ônibus. Em 13 dias de operação este é o segundo preso e outros seis suspeitos morreram em confrontos com a polícia.

Sábado (22)

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  • Um novo confronto entre policiais e grupo criminoso foi registrado no fim da tarde de sábado, na zona rural de Pium. De acordo com a Polícia Militar, um suspeito foi morto. Esse foi o sétimo do grupo que morreu após troca de tiros com policiais.

Domingo (23)

  • O corpo do sétimo suspeito morto foi levado para exames de identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Palmas.
  • O policial que ficou ferido, após uma viatura capotar durante as buscas, recebe alta da UTI. Ele está em observação na enfermaria.