Operação cartase | Juíza determina novas buscas sem que chefes da SSP sejam avisados

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Uma nova fase da Operação Cartase foi deflagrada nesta terça feira (16), no Tocantins. A operação investiga a existência de servidores fantasmas no Governo do Tocantins e na Assembleia Legislativa.

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Mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Paraíso do Tocantins, foram cumpridos em seis endereços, sendo cinco em Palmas e um em Natividade.

Em sua decisão, a juíza Renata do Nascimento e Silva determinou que as autoridades policiais da capital não fossem avisada antes do cumprimento das buscas.

No documento, a juíza escreve que “praticamente todos os Mandados de Busca e Apreensão expedidos estão endereçados à Comarca de Palmas/TO, não constituindo nenhum disparate afirmar que a comunicação prévia à chefia da unidade policial envolvida poderá redundar em grave perigo ao bom êxito das investigações”.

De acordo com a Polícia Civil, durante a operação, celulares, notebooks e documentos de interesse para a investigação foram apreendidos.

Segundo a decisão que autorizou as buscas, os alvos da investigação são Fagner Vieira Lima, Jaiana Rodrigues Cardoso Gomide, Tânia Márcia Rosalves Lopes, Elaine Rocha Chaves Menegon, Jânio Potengi Cirqueira de Carvalho e Elmar Batista Borges.

Decreto

A decisão da juíza em não avivar aos chefes da SSP se deve ao decreto assinado pelo governador Mauro Carlesse (PHS), conhecido no meio policial como ‘decreto da mordaça’, o qual, entre outras coisas, determina que buscas em repartições públicas só podem ser realizadas com o conhecimento e autorização do delegado-geral, cargo de indicação direta do governador.

Entenda

As investigações tiveram início no dia 6 de dezembro do ano passado após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Tocantins em Araguaína. Duas mulheres que estariam recebendo sem trabalhar foram identificadas. Uma delas estuda medicina no exterior e mesmo assim era paga pelo estado. A outra é dona de um hotel de luxo na cidade.

No dia 7 de dezembro, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Secretaria-Geral de Governo, onde a Polícia Civil investiga a existência de cerca de 300 funcionários fantasmas. O órgão fica dentro do Palácio Araguaia e serviria para cuidar da parte administrativa do gabinete do governador, da Praça dos Girassóis e de escritórios de representação do governo.

Polícia Civil no Palácio do Araguaia

Outro desdobramento ocorreu na Câmara de Municipal de Porto Nacional, quando foram cumpridos mandados contra fraudes em licitações. Essa fase foi chamada de Negócios de Família. A suspeita é de que o grupo teria desviado R$ 700 mil. Entre os presos na ação estavam três vereadores, vereador licenciado e um ex-vereador

Já dia 20 de dezembro, uma fisioterapeuta de Paraíso do Tocantins foi alvo da operação por suspeita de ser funcionária fantasma no estado.

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