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O preço da cesta básica subiu e neste mês de novembro chegou a R$ 339. Mas, o consumidor pode gastar bem mais, já que nesse valor não está incluído o quilo da carne, que disparou neste ano. Esse aumento vem sendo sentido no prato dos brasileiros, principalmente para as famílias que vivem com um salário mínimo. Até agosto, o preço da cesta básica chegava a consumir 65,32% da renda.
De acordo com o Procon, que realiza pesquisa mensal, em junho a cesta básica custava em média R$ 313. Em novembro, o valor saltou para R$ 339. São R$ 26 a mais que fazem a diferença no carrinho de muita gente. Um dos vilões desse aumento é o tomate que custava R$ 5,49 o quilo e agora está sendo vendido a R$ 9,99. O quilo do frango congelado era R$ 10,69 e subiu para R$ 14,19.
Já a margarina de R$ 6,69 foi para R$ 9,49. O preço do quilo da batata também subiu de R$ 4,99 para R$ 6,99.
Mas não tem jeito, quem precisa do item, ainda que com o preço alto, acaba levando para casa, como faz o mecânico Leandro Ferreira. “Está difícil, muito complicado. Se não baixar, daqui a uns dias, não sei o que vamos fazer, como vamos parar nessa situação. É o item que não tem nem como substituir”.
O economista Waldecy Rodrigues disse que vários fatores explicam essa alta.
“Isso também é reflexo de algumas questões climáticas, em particular, algumas questões sazonais, mas principalmente por conta do aumento no preço dos insumos. Combustível, energia, o câmbio oscilando para cima aumentam o preço dos insumos que são utilizados em muitos itens da cesta básica”.
Nessa balança econômica, a previsão é de orçamento mais pesado nos próximos meses, já que os preços podem aumentar ainda mais.
“Se os níveis de incerteza continuam altos e os preços também dos insumos, por outras razões de escassez, também permanecem altos, isso são pressões no sentido de continuar uma espiral crescente nos preços”, finalizou o economista.
*Por G1