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Dois indígenas da etnia Guajajara foram mortos e outros dois ficaram feridos após sofrerem atentado a tiros neste sábado (7), na BR-226 entre as aldeias Boa Vista e El Betel, no município de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506 km de São Luís, Maranhão. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular e pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
As vítimas fatais foram identificados como Firmino Prexede Guajajara e Raimundo Benicio Guajajaraa. Eles saíam de uma reunião entre caciques e a empresa Eletronorte quando foram atingidos por disparos que, segundo relatos, vieram de um veículo branco.
Segundo informações do governo do Maranhão, houve mais feridos, que foram encaminhados para o hospital. Policiais militares isolaram a cena do crime e estão na área.
Magno Guajajara, cacique que estava no local no momento do atentado, disse que cinco pessoas estavam dentro do carro de onde partiram os disparos. “Eles passaram atirando e atingiram nosso parente. É muito preconceito, muita intolerância”, disse sobre o crime.
Um trecho da rodovia, entre os municípios de Barra do Corda e Grajau, foi interditado pelos indígenas. “É um protesto para chamar a atenção das autoridades e exigir justiça”, justificou Magno.
Segundo o cacique, cerca de 60 pessoas participaram da reunião com a Eletronorte, estatal construtora das hidrelétricas Tucuruí (PA), Coaracy Nunes (AP), Samuel (RO) e Curuá-Una (PA), além de termelétricas em Rondônia, Acre, Roraima e Amapá. O tema da reunião seria ações de bem-estar voltadas para os habitantes da Terra Indígena (TI) Canabrava, no Maranhão.
“Nós nos sentimos vulneráveis. [O atentado] pode ter a ver com as denúncias que a gente faz das invasões dentro dos nossos territórios”, explicou Magno Guajajara.
Em nota, o governo do Maranhão afirmou que a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular acompanha o caso junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Um pedido de providências também foi enviado à Polícia Federal. Em seu twitter, o governador Flávio Dino lamentou o caso e a violência contra povos indígenas.
O aumento da violência contra ambientalistas e povos indígenas tem sido denunciado por diversas organizações no país. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) estima que, de janeiro a novembro, mais de 160 casos de ataques e invasões de territórios indígenas ocorreram em todo o Brasil.
Os indígenas assassinados são da mesma etnia que Paulino Guajajara, vítima de uma emboscada dentro da TI Arariboia (MA), em 1º de novembro. Ele era um dos guerreiros guardiões da floresta e organizava rondas pelo território para expulsar os invasores. A Polícia Federal segue investigando o crime.
Segundo o cacique, cerca de 60 pessoas participaram da reunião com a Eletronorte, estatal construtora das hidrelétricas Tucuruí (PA), Coaracy Nunes (AP), Samuel (RO) e Curuá-Una (PA), além de termelétricas em Rondônia, Acre, Roraima e Amapá. O tema da reunião seria ações de bem-estar voltadas para os habitantes da Terra Indígena (TI) Canabrava, no Maranhão.
“Nós nos sentimos vulneráveis. [O atentado] pode ter a ver com as denúncias que a gente faz das invasões dentro dos nossos territórios”, explicou Magno Guajajara. Em nota, o governo do Maranhão afirmou que a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular acompanha o caso junto à Secretaria de Estado de Segurança Pública e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai). Um pedido de providências também foi enviado à Polícia Federal. Em seu twitter, o governador Flávio Dino lamentou o caso e a violência contra povos indígenas.
O aumento da violência contra ambientalistas e povos indígenas tem sido denunciado por diversas organizações no país. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) estima que, de janeiro a novembro, mais de 160 casos de ataques e invasões de territórios indígenas ocorreram em todo o Brasil.
Os indígenas assassinados são da mesma etnia que Paulino Guajajara, vítima de uma emboscada dentro da TI Arariboia (MA), em 1º de novembro. Ele era um dos guerreiros guardiões da floresta e organizava rondas pelo território para expulsar os invasores. A Polícia Federal segue investigando o crime. (Com informações do O Globo e DW)