Uma mulher, identificada como Angelita Rodrigues dos Santos, de 45 anos, foi presa na tarde desta sexta-feira (12) como suspeita de assassinar o jovem Atanel Nazaro Ribeiro. O crime ocorreu em um bar no distrito de Buritirana, em Palmas, e está sendo investigado pela Polícia Civil. A família da vítima acredita que o assassinato foi motivado por homofobia.

A prisão aconteceu em uma chácara na TO-010, sentido Lajeado, onde Angelita estava com seu companheiro. Segundo a Polícia Civil, ela se apresentou na delegacia três dias após o crime, mas foi liberada porque não havia um mandado de prisão em aberto.

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O advogado de Angelita, Gustavo Abreu França, disse que aguardará acesso aos autos para se manifestar e que sua cliente já prestou duas declarações a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa.

O delegado responsável pelo caso, Guilherme Torres, informou que ainda não há confirmação sobre a motivação do crime. “Não temos na investigação nada que confirme essa questão da motivação. O que sabemos é que ela teve um desentendimento com a vizinha. E no dia, o rapaz estava lá e acabou se envolvendo na briga. A partir daí, eles passaram a se desentender”, explicou.

Angelita foi encaminhada para a Unidade Prisional Feminina de Palmas, onde aguardará decisão da Justiça.

Assassinato

O crime aconteceu na noite do dia 22 de junho, em um bar localizado no distrito de Buritirana. Os policiais confirmaram que o jovem foi atingido por um objeto perfurante.

De acordo com Klarinda Nazaro, irmã de Atanel, Angelita não tinha uma relação próxima com o jovem, sendo apenas conhecida da família. Cerca de seis meses antes, houve um desentendimento entre os dois com ofensas homofóbicas, e ela esfaqueou o rapaz.

Na época, a ocorrência foi registrada na delegacia, mas as ameaças continuaram, segundo a irmã da vítima. “Ela o esfaqueou, mas ele se recuperou. Ficava ameaçando de matá-lo. Até que ontem ele estava no bar e ela chegou por trás”, relatou a Klarinda.

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Quem era a vítima?

Atanel tinha 18 anos e morava com a mãe no distrito de Buritirana, mas a família era de Ponte Alta do Tocantins. Ele havia interrompido os estudos no 2º ano do ensino médio, mas planejava voltar a estudar.

“O que ele gostava mesmo era de mexer com plantas. Lá em casa a área é lotada de plantas, tudo dele. Pessoa alegre, alegre. Uma das coisas que ele mais gostava de fazer era mexer com as plantas dele, com canteiro, com as galinhas dele”, contou Klarinda.

O que diz a defesa de Angelita

“Ainda estamos aguardando acesso aos autos do inquérito para nos manifestarmos. A única informação que posso fornecer é que a senhora Angelita se apresentou espontaneamente no dia 25/06, prestou suas declarações na DHPP e informou os telefones de contato pelos quais poderia ser contatada para prestar novos esclarecimentos.”