A mulher suspeita de fingir ter câncer para arrecadar doações, usava o dinheiro para manter um estilo de vida luxuoso, conforme relatado pelo delegado responsável pelo caso, Igomar de Souza Caetano. Kamilla Morgana Mendes Borges, de 29 anos, teria utilizado os recursos obtidos para pagar por procedimentos estéticos e alugar um apartamento de alto padrão.

Kamilla foi presa no dia 30 de julho em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da Goiânia, e permanece detida enquanto responde por estelionato.

O delegado Igomar de Souza Caetano afirmou que a mulher usava o dinheiro para cobrir despesas com buffets, prestadores de serviço e até artistas plásticos, além de financiar procedimentos estéticos.

“Ela levava uma vida de gastos excessivos e luxo. Chegou a alugar um apartamento de alto padrão. Ela manipulou as pessoas para ganhar a confiança delas, fazendo-as acreditar que estavam ajudando alguém necessitado. Mas, infelizmente, era tudo uma farsa”, declarou o delegado.

A defesa de Kamilla afirmou que só se pronunciará judicialmente.

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Sobre o caso

Kamilla Morgana foi denunciada pelo professor de artes Gustavo Henrique de Moura, que havia dado aulas para ela e seu filho. Kamilla afirmava ter câncer de mama, supostamente espalhado por todo o corpo, e usava bandanas para cobrir a cabeça. Ela chegou a gravar vídeos em uma cama de hospital, solicitando ajuda financeira pelas redes sociais.

“Quando eu ensinava ela a desenhar, ela tremia e fingia fraqueza. Por ter esse contato próximo com ela e sua família, jamais imaginei que faria algo assim”, declarou Gustavo.

O professor revelou que chegou a pagar boletos que Kamilla dizia serem para custear tratamentos, acumulando um prejuízo de R$ 53 mil.

Durante a audiência de custódia, em um vídeo, Kamilla negou ter qualquer doença grave e declarou que não tem emprego.