Mulher que aparece em vídeo espancando filha de 7 anos é presa em Montes Claros

Os atos de violência foram gravados pelo ex-companheiro da agressora que também foi preso. Ele alegou que não socorreu a vítima “porque a menina não é filha dele".

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Uma mulher de 25 anos foi detida em Montes Claros, no norte de Minas, depois ser filmada agredindo a filha, de 7 anos, com um fio de extensão e socos na cabeça e em outras partes do corpo. Os atos de violência foram gravados pelo ex-companheiro da agressora que também foi preso, pois, segundo a Polícia Civil, ele teria usado o vídeo para forçar uma reconciliação com a mulher e deixou de socorrer a criança.

O caso aconteceu segunda-feira (13) e foi registrado pela Polícia Militar. Com base nas imagens, a mãe da criança foi presa em flagrante por tortura. O ex-companheiro dela de 27 anos, que é lavador de carros, também foi autuado em flagrante por extorsão e omissão de socorro. A mulher é dona de casa.

Segundo a Polícia Civil menina sofreu lesões na boca, no tórax e nas pernas. Ela foi encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Montes Claros. A garota encontra-se sob os cuidados de uma tia e receberá atendimento psicológico.

De acordo com os levantamentos policiais, o casal estava separado havia cerca de um ano e existia medida protetiva em favor da mulher, com o homem não podendo se aproximar da casa dela.

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A Policia Civil informou que o ex-companheiro da suspeita informou que, na segunda-feira, quando foi levar leite para os dois filhos, fruto do relacionamento com a mulher, presenciou as agressões contra a menina filmou a cena. Segundo a polícia, ele alegou que não socorreu a vítima “porque a menina não é filha dele”.

A delegada Mônica Brandi, responsável pela investigação, explica que a tortura é uma modalidade penal que pressupõe a prática do ato infligindo um grande sofrimento físico e mental na vítima. “Pelo vídeo enviado à Polícia Civil, é possível comprovar o grande sofrimento vivido pela vítima no momento em que era agredida”, afirmou a delegada.

Em depoimento, a mulher disse ter sido a primeira vez que ela teria agredido a filha. Em entrevista, a advogada de defesa da suspeita argumento que as agressões a crianças foram incitadas pelo ex-companheiro da mulher.

A advogada alegou ainda que sua cliente sofreu “perturbação psicológica” por parte do lavador de carros e que vai entrar com um pedido de habeas corpus a seu favor ainda nesta quarta-feira (15). (Por Estado de Minas)