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Uma mulher de 39 anos foi condenada, a 6 anos de prisão em regime semiaberto pelo homicídio simples contra um homem que a assediou. devido a Justiça não decretar a prisão cautelar dela, a mulher vai apelar da sentença em liberdade. O crime aconteceu em abril de 2012, em uma empresa de mineração, localizada em Porto Nacional.
O homicídio ocorreu em abril de 2012, por volta das 16 horas, em uma empresa de mineração. A mulher foi denunciada em agosto daquele ano pelo Ministério Público do Estado.
Consta nos autos, que a mulher afirmou ao Tribunal do Juri, em 7 de agosto deste ano, que foi um acidente. Porém os jurados, com seis mulheres, por 4 votos a 3, consideraram a auxiliar administrativo culpada por matar seu colega de trabalho, um soldador, com uma faca tipo peixeira.
A auxiliar administrativa disse que foi encurralada pelo colega de trabalho após uma discussão. “Ele torceu meu braço e eu recuei. Eu não queria que ele me tocasse, eu fiquei com muito medo de ele me violentar, que seria pior”, relatou.
A mulher ainda questionou, “o que seria pior, ser violentada ou estar aqui hoje? Eu não sei dizer para vocês”, afirmou. “A faca estava lá. Eu não levei faca de casa, eu não premeditei nada.”
Conforme a promotoria, na época, a vítima dirigiu-se até o refeitório da empresa para pedir contribuição para comprar lanche. Após pedir a mulher uma contribuição para a vaquinha, ela pediu para que ele não conversasse com ele e então começaram a discutir. Neste momento, a denunciada pegou uma faca, tipo peixeira e desferiu um golpe na vítima.
Ainda conforme os autos, a mulher e o soldador já haviam discutido anteriormente pelo mesmo motivo, “uma vez que a vítima havia falado, em tom de brincadeira, que a denunciada iria contribuir com o ‘rabo da vaca’ para a vaquinha da merenda, fato este que desagradou a denunciada.”
Um funcionário da empresa, que também foi ouvido, disse que a vítima estava “pegando do pé da mulher” e que a “brincadeira era uma humilhação.
O funcionário relatou ainda que a vítima passou a puxar assunto com a mulher. Ela, no entanto, disse que se ele tivesse vergonha, não puxaria conversa com ela, devido as discussões anteriores.
Segundo a testemunha, a vítima ficou “onde estava” no momento em que a mulher estava com a faca. O funcionário afirmou que viu uma facada, que estava “pertinho” e que o soldador duvidou que a auxiliar seria capaz, “ele achou que ela não tinha coragem. Ficou parado”, disse. “Foi rapidinho, ela pegou a faca e furou ele.”
A Polícia Civil fez uma reprodução simulada do caso na empresa de mineração, porem no relatório de conclusão, os peritos anotaram que estavam “impossibilitados de determinar a dinâmica dos fatos”. Os investigadores admitiram “somente que o relato da testemunha é a que mais se aproxima da verdade dos fatos”.
No laudo, os peritos destacaram que “a ausência da indiciada para a realização dos trabalhos periciais impossibilitou que os signatários fizessem um confronto das versões fornecendo assim, mais elementos materiais que pudessem corroborar com a elucidação dos fatos”.