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Janilda Pereira da Silva, de 34 anos, diagnosticada com o novo coronavírus, morreu neste domingo (2) em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tocantinópolis após ficar quase três dias aguardando vaga em uma Unidade de Tratamento Intensiva (UTI). A Secretaria de Saúde do município informou que solicitou a transferência da mulher várias vezes, mas todas elas foram negadas pelo Governo do Estado por falta de leitos disponíveis.
Segundo a secretaria, a paciente tinha doença pulmonar crônica. Com a morte dela o número de óbitos na cidade subiu para 11. Já são 402 óbitos em todo o estado. Documentos mostram que pelo menos dois pedidos foram indeferidos por dois hospitais geridos pelo estado. As solicitações foram feitas ainda na sexta-feira (31), dia em que a paciente deu entrada na UPA com problemas respiratórios causados pela Covid-19.
Em resposta ao Município, o documento enviado pelo Hospital Regional de Augustinópolis informou que Janilda Pereira teria que continuar o tratamento na UPA por “ausência de leitos vagos”. Já o Hospital Regional de Araguaína disse que no momento do pedido a sala vermelha da unidade estava sem vaga.
O secretário de saúde de Tocantinópolis, Jair Aguiar, disse disse ao G1 que o município tentou uma vaga para a mulher outras vezes. “Às vezes solicitávamos em horários diferentes, pela manhã e à tarde, mas todas foram negadas”, afirma.
Sem conseguir vaga em UTI a mulher continuou na UPA, mesmo estando em estado grave. Ela ficou intubada com uso de ventilação mecânica, mas não resistiu e morreu neste domingo (2). O óbito já foi contabilizado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Tocantinópolis está entre as 10 cidades do Tocantins mais impactadas pela pandemia do coronavírus. O município tem 457 diagnósticos e 11 mortes.