MP do Tocantins investiga desmatamento de 5,2 mil hectares de vegetação nativa ao longo do rio Dueré

Grande área de vegetação nativa foi destruída em 31 fazendas no sul do estado.

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O Ministério Público do Tocantins começou a investigar um desmatamento de 5.222 hectares ao longo do rio Dueré, na região sudeste do estado. Segundo o órgão, a grande área de vegetação nativa foi destruída em 31 fazendas nas cidades de Santa Rita do Tocantins, Crixás do Tocantins, Dueré e Aliança do Tocantins.

Conforme o MP, o desmatamento ocorreu entre os anos de 2008 e 2021. Um relatório comparou imagens de satélites captadas ao longo dos anos e calculou a evolução da área desmatada.

O procedimento foi instaurado nesta quinta-feira (7) e a investigação será conduzida pela Promotoria de Justiça Regional Ambiental da Bacia do Alto e Médio Araguaia, a partir de relatório técnico produzido pelo Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma) do MP.

Na apuração do Caoma sobre a regularidade ambiental dos empreendimentos rurais, “o órgão técnico limitou-se a analisar a situação de fazendas localizadas às margens do rio Dueré, que possuem plantio irrigado e indícios de déficit de reserva legal”, informou o Ministério Público.

O relatório técnico também indica se cada fazenda analisada encontra-se captando água de forma irregular, excedendo o limite de licença emitida Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

Em 2021, o rio Dueré vivenciou período de intensa seca, com episódio de mortandade de peixes, o que levou a Justiça a atender pedido do Ministério Público e determinar a desmobilização dos barramentos, voltadas ao represamento de água para irrigação de lavouras.