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O Ministério Público do Tocantins apresentou denuncia criminal ao pintor Pedro César França, nesta sexta-feira (22), pela agressão contra uma cadela Princesa. Caso aconteceu em Lajeado, região central do estado, e teve grande repercussão porque o animal levou marretadas na cabeça e depois teve tinta vermelha jogada sobre o corpo para disfarçar o sangramento.
A cadela é chamada de Princesa e foi resgatada por uma defensora dos animais e sobreviveu. Depois do ataque, ela ganhou um novo lar.
Na denuncia, o Ministério Público pede que o pintor seja condenado com base na Lei de Crimes Ambientais. O artigo 32, que é o trecho da lei que trata de maus-tratos, prevê pena de até um ano de prisão e multa.
O promotor de Justiça João Edson de Souza pediu também que seja determinada uma indenização por dano moral coletivo, uma vez que o crime ofende à fauna como um todo. O valor pode ser de até 40 salários mínimos, caso o pedido seja aceito.
O laudo elaborado pelo veterinário que prestou atendimento a cadela foi incluído na denúncia. O documento indica que ela teve ferimentos e cortes na região da cabeça, com fratura do crânio, inflamação nasal com muito sangramento e uma protusão traumática no olho. Também exista a suspeita de lesão cerebral, já que a cadela apresentou paralisia em um dos lados do corpo.
A agressão em dezembro de 2018, na época o pintor disse que estava em um ‘momento de raiva’ quando tudo aconteceu e não soube explicar o motivo de ter jogado a tinta no animal. Ele responde ao inquérito em liberdade.
A cachorrinha foi resgatada por Talita Portilho, uma protetora dos animais que testemunhou a situação e enfrentou o pintor. Ela acompanhou Princesa durante todo o processo de recuperação.